Dizer-se, hoje, que “Portugal é um país de brandos costumes”, não corresponde à verdade e a frase, em si mesma, não passa de uma forma de retórica.
Mas não o sendo, de facto, continua-se a fazer supor que o nosso país continua a ser o tal paraíso à beira-mar plantado.
E o certo é que não é. Se o fosse seria improvável que uma esquadra de polícia fosse invadida, em pleno dia, por um grupo de mais de dez homens com o intuito de agredir um jovem que tentava apresentar queixa contra, precisamente, esses “invasores”. E a esquadra foi mesmo invadida.
E, pergunta-se, eles não foram impedidos de entrar pelas forças policiais? Não, não foram. E porquê? Porque na esquadra - que apoia uma população de doze mil e tal pessoas – apenas havia um polícia que se viu impotente para impedir a invasão.
Perante tão insólita situação, a responsável pela esquadra atacada procurou justificar o injustificável, alegando que, tratando-se daquela hora e daquele dia, o número de efectivos – UM, apenas um – era razoável.
Posições diferentes tiveram, quer a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, que considerou que a presença de um único agente na esquadra era “rídicula”, quer o Ministro da Administração Interna que afirmou que "Não é prática aconselhável haver uma esquadra da PSP em que esteja apenas um agente da polícia. As esquadras não podem ser locais vulneráveis".
Concordo em absoluto com a ASPP e com o Ministro. Têm toda a razão. Só que, com a presença de um único polícia, as esquadras tornaram-se efectivamente muito vulneráveis e a verdade é que o tal polícia único não consegue garantir nem a segurança dos cidadãos (como foi o caso), nem a sua própria.
Para mais, é suposto que as esquadras tenham armamento. E, caso sejam invadidas, é bem provável que essas armas e munições venham a cair em mãos erradas, com todos os perigos daí decorrentes.
Mas a minha curiosidade inquieta-se quando penso que não se chegou a saber o que a senhora responsável pela esquadra entende por “horas e dias não perigosos” ou como vai, de imediato, o senhor Ministro da Administração Interna, que tutela a PSP, resolver a situação de postos de polícia guardados por um único agente, quando corre por aí que a falta de mais polícias nas esquadras é consequência dos cortes orçamentais determinados pelo governo.
Não é a primeira vez que uma esquadra é invadida. Já aconteceu mais vezes e em várias localidades do país.
Definitivamente, o “Portugal, país dos brandos costumes” já não existe.
Mas não o sendo, de facto, continua-se a fazer supor que o nosso país continua a ser o tal paraíso à beira-mar plantado.
E o certo é que não é. Se o fosse seria improvável que uma esquadra de polícia fosse invadida, em pleno dia, por um grupo de mais de dez homens com o intuito de agredir um jovem que tentava apresentar queixa contra, precisamente, esses “invasores”. E a esquadra foi mesmo invadida.
E, pergunta-se, eles não foram impedidos de entrar pelas forças policiais? Não, não foram. E porquê? Porque na esquadra - que apoia uma população de doze mil e tal pessoas – apenas havia um polícia que se viu impotente para impedir a invasão.
Perante tão insólita situação, a responsável pela esquadra atacada procurou justificar o injustificável, alegando que, tratando-se daquela hora e daquele dia, o número de efectivos – UM, apenas um – era razoável.
Posições diferentes tiveram, quer a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, que considerou que a presença de um único agente na esquadra era “rídicula”, quer o Ministro da Administração Interna que afirmou que "Não é prática aconselhável haver uma esquadra da PSP em que esteja apenas um agente da polícia. As esquadras não podem ser locais vulneráveis".
Concordo em absoluto com a ASPP e com o Ministro. Têm toda a razão. Só que, com a presença de um único polícia, as esquadras tornaram-se efectivamente muito vulneráveis e a verdade é que o tal polícia único não consegue garantir nem a segurança dos cidadãos (como foi o caso), nem a sua própria.
Para mais, é suposto que as esquadras tenham armamento. E, caso sejam invadidas, é bem provável que essas armas e munições venham a cair em mãos erradas, com todos os perigos daí decorrentes.
Mas a minha curiosidade inquieta-se quando penso que não se chegou a saber o que a senhora responsável pela esquadra entende por “horas e dias não perigosos” ou como vai, de imediato, o senhor Ministro da Administração Interna, que tutela a PSP, resolver a situação de postos de polícia guardados por um único agente, quando corre por aí que a falta de mais polícias nas esquadras é consequência dos cortes orçamentais determinados pelo governo.
Não é a primeira vez que uma esquadra é invadida. Já aconteceu mais vezes e em várias localidades do país.
Definitivamente, o “Portugal, país dos brandos costumes” já não existe.
1 comentário:
... uma esquadra de polícia fosse invadida, em pleno dia, por um grupo de mais de dez homens ...
Calculo que de tão amedrontado que ficou, o tal polícia nem conseguiu saber se o grupo tinha dez, onze, quinze ou lá quantos homens eram. Pudera!
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