A confirmarem-se as previsões de que a nova versão do PEC - muito provavelmente já aprovada pela União Europeia e pelo Banco Central Europeu - terá a reprovação dos partidos da oposição com assento na Assembleia da República, hoje é o dia em que o Governo começa a fazer as malas para se ir embora e em que se vislumbram no horizonte próximo novas eleições. Não terá que ser assim, é certo, mas esse é o cenário mais provável, apesar dos insistentes apelos proferidos por respeitáveis figuras da nossa República.
Vamos, pois, gastar uma pipa de massa com as eleições, vamos assistir a uma campanha eleitoral muito “emocionante” e cheia de acusações de uns contra os outros e em que as alocuções vão conter muitos “É mentira” e “Vocês, sim, foram irresponsáveis por …” e vamos chegar, enfim, ao novo Primeiro-Ministro que trará (???) a salvação às nossas contas públicas e ao endividamento externo e que, sobretudo, fará dos portugueses uns tipos finalmente felizes. A não ser que Sócrates seja substituído por Sócrates, o que pode vir a acontecer. Aí, gastou-se a massaroca desnecessariamente e tudo segue o seu curso normal.
Mas, meus Amigos, mesmo que o vencedor seja outro, é bom que moderem as vossas expectativas. Penso que ninguém acredita que o novo Governo, seja ele de que partidos ou coligações forem, vai trazer no curto/médio/muito médio/longo prazo quaisquer benefícios aos cidadãos. Estamos de tal forma atolados em dívidas que só para pagar os juros e, talvez, algum capital, teríamos que produzir bastante mais e não vejo bem como isso poderá acontecer. Por outro lado a recessão económica e a falta de confiança dos hipotéticos investidores não nos dão grandes esperanças que o emprego aumente e que a nossa vida melhore.
É hoje. Como diz a canção, “Hoje é o primeiro dia …”. Vamos ver.
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