Estamos em vésperas de saber se o Governo de Sócrates sempre vai cair. E, se cair, existem já desenhados vários cenários possíveis de um novo Governo que venha a resolver a crise política instalada. O que para mim continua a ser um mistério é saber quem é que vai ter a coragem de derrubar o Governo, justamente numa fase em que se falharmos aquilo com que nos comprometemos com a Europa poderemos cair num buraco sem fundo. Mas adiante …
O que me trás cá hoje são os alegados motivos para afastar o Primeiro-Ministro, insistentemente aduzidos pelos partidos da oposição e por milhares de cidadãos comuns. E eles (os motivos) são tantos que nem me atrevo a enumerá-los. Apenas vou referir (por que me convém para prosseguir este texto) a acusação que fazem a José Sócrates de lhe interessar apenas a estratégia pessoal e partidária e de não se preocupar com os problemas do país. Coisa pouca e … repetidamente vista através dos tempos.
Recordo o episódio acontecido em finais do século dezanove, em plena monarquia, quando os republicanos acusaram o Rei D. Carlos precisamente de não se preocupar com os problemas do país. Pois Sua Alteza, num gesto magnânimo digno da Sua Alta Majestade, tomou uma iniciativa que, de certo modo, pretendia contrariar os seus opositores – doou uma parte da renda que lhe estava atribuída.
Enfim, as crises os buracos orçamentais e as “incompreensões” perante os governantes atravessam épocas e até regimes políticos. E sempre com um protagonista sofredor comum: os cidadãos.
PS: D. Carlos, na sua mensagem, não utilizou o novo acordo ortográfico.
1 comentário:
Bom, a solução é fácil e até sabemos qual é. Se já mandámos os “Homens da Luta” para o Eurofestival da canção em representação do nosso País, porque não mandá-los agora também para São Bento. A final, aquilo que apenas muda são as fatiotas, pois os palhaços continuam…
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