quarta-feira, março 30, 2011

Portagens, multas e pagamentos … pesados

Há uns anos, a propósito do aumento das portagens, gerou-se um movimento que levou os automobilistas a fazerem os seus pagamentos com moedas de baixo valor. Recordo-me que para pagar uns quantos euros, os desgraçados dos portageiros eram obrigados a contar as montanhas de moedas que lhes eram entregues. Era uma espécie de vingança que se fazia contra o Governo e cujo efeito recaía em cima dos pobres funcionários.

Mais recentemente foram os representantes da Associação Académica de Coimbra que, como forma de protesto contra o novo regime jurídico das instituições do Ensino Superior, demoraram mais de uma hora a pagar a portagem em Alverca. E fizeram-no exemplarmente pagando o custo exigido com cinquenta mil moedas de um cêntimo, no culminar de uma marcha lenta que só terminou na Assembleia da República.

Pois desta vez conhece-se a história de um cidadão, arquitecto de profissão, que estacionou o carro onde não podia e a Polícia Municipal do Porto passou-lhe a multa respectiva, pela infracção propriamente dita e pelo reboque da viatura. Pois o senhor arquitecto “arquitectou” a forma de cumprir integralmente as suas responsabilidades e pagou a quantia de 75 euros. Só que usou moedas de um e dois cêntimos dentro de um saco que pesava nada menos de 16,125 quilos.

As portagens e as multas já são pesadas. Mas o que dizer destas formas de pagamento?




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