Muito embora estejamos acostumados a que dos Estados Unidos nos chegue o que há de melhor e, também, o que há de pior, temos que admitir que os americanos, de uma forma geral, têm dado sobejas provas de que a cultura e a boa educação não são as suas qualidades mais fortes.
E a prová-lo, veja-se o tipo de recepção que o Reitor da Universidade de Columbia fez ao seu convidado, o presidente do Irão, Mahmoud Ahmadinejad que estava de visita aos Estados Unidos.
Pois o senhor Lee Bollinger, magnífico reitor da Universidade de Columbia, não esteve pelos ajustes e, em frente de uma enorme plateia e de muitos convidados, entrou a matar e deu as boas-vindas a Ahmadinejad da maneira mais grosseira e mais deselegante que se poderia imaginar:
“Vamos ser claros desde o princípio, senhor Presidente: o senhor tem todos os sinais de um ditador mesquinho e cruel, de uma espantosa ignorância”
Ainda que ele tivesse dito aquilo que quase todo o mundo pensa, o Presidente do Irão tinha sido convidado para estar presente e só pessoas mal educadas e grosseiras teriam tido a desfaçatez de insultar fortemente uma pessoa que ele próprio convidara.
Se não se gosta de alguém, o normal é não se convidar esse alguém. Mas, se existem motivos fortes que, mesmo não se gostando da pessoa, obriguem a que se faça esse convite, então, manda o bom-senso que, no mínimo, não se hostilize o convidado, provocando-o com tudo aquilo que o anfitrião pensa dele. Ainda que esteja coberto de razão.
Mas, já que o senhor Lee Bollinger parece ser um homem de imensa coragem e que não tem papas na língua, adoraria ouvir o magnífico reitor dirigir aquelas mesmas palavras ao Presidente do Irão, mas no ... Irão!
6 comentários:
Como poderemos saber se o senhor Lee Bollinger não estaria a pensar falar ao Sr. Bush?
“Vamos ser claros desde o princípio, senhor Presidente: o senhor tem todos os sinais de um ditador mesquinho e cruel, de uma espantosa ignorância”
É que assenta que nem uma luva.
Fama volat (A fama voa)
Mas continuo a ler aqui o decalque dos artigos do MST? Até a interrogação se ele diria o mesmo no Irão?
Demascarenhas, o teu blog é uma referência.
Como é que eu sei? Todas as referências costumam ter críticos de serviço, daqueles que mesmo não gostando continuam a marcar presença nem que seja só para dizer mal.
porcos, e há aqueles que continuam a marcar presença mesmo que seja apenas para defender o autor do blog mesmo que não tenham uma palavra a dizer em relação ao post.
A minha admiração pelo autor é mais que evidente, embora tal não me leve a estar permanente e dogmaticamente do seu lado.
Das minhas participações neste espaço, umas revelaram-se a favor do autor, outras, naturalmente, não. Basta pôr de lado as crónicas do MST por cinco minutos e dar um salto aos arquivos do blog, que facilmente se confirma o que digo.
Agora, o que ainda não percebi é o que é que leva uma pessoa a perder o seu tempo a visitar um blog, onde só vai para mostrar que está do contra.
Formas de estar na vida... Pode ser que se eu visitar o blog do azul bolorento ainda aprenda mais qualquer coisa.
Meu caro, não me manifesto para fazer eco. Assim, é normal que quando expresse o meu ponto de vista é porque este é diferente.
Mas tens razão, vou deixar de o fazer. Vocês concentram-se no facto da opinão ser divergente e não na opinião em si.
Se visitar o blog que referiu, aposto que o autor tem todo o gosto de ver a sua opinião lá expressa, mesmo que seja do contra.
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