Talvez porque a hipocrisia e o egoísmo invadem de forma desenfreada a sociedade actual, fiquei deveras sensibilizado com o gesto altruísta e humanitário demonstrado pelos elementos que compõem a Administração do Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos.
Na verdade, não é nada frequente acontecer que altos quadros dirigentes abdiquem do seu direito, que a lei lhes confere, de comprar carros de serviço para que fosse possível adquirir novos equipamentos para serem postos ao serviço da população.
Em vez dos cinco automóveis para os administradores, no valor de 35 mil euros cada um, o bloco operatório de neurocirurgia do Hospital Pedro Hispano, passa a ter um microscópio novo, um sistema de neuronavegação e uma broca cirúrgica de precisão, equipamentos fundamentais a um bloco operatório que faz 500 cirurgias por ano.
E a explicação destes administradores sobre a decisão de poupar nos carros para investir em equipamento, foi dada da forma mais simples e natural.
“Nós já trabalhávamos aqui e utilizávamos as nossas próprias viaturas para nos deslocarmos. É isso que vamos continuar a fazer”
Uma atitude tão invulgar, poderá, porém, levar algumas pessoas a pensar “Ah, mas eles são administradores, já ganham um balúrdio, aquilo para eles são trocos ...”
Discordo completamente.
Primeiro, porque quem trabalha, pretende naturalmente que o seu nível de rendimentos vá subindo, E isto aplica-se de igual forma a quem tenha vencimentos altos ou baixos.
Depois, porque estes administradores tinham mesmo direito a ter uma viatura de serviço, a exemplo do que acontece com os demais gestores hospitalares. Não se tratava, sequer, de nenhuma situação de favor.
Finalmente porque, a experiência assim nos mostra, a maioria dos gestos de solidariedade – sem contrapartidas – são mais frequentes entre os que menos têm.
Será bom ainda referir que a candidatura para a aquisição do novo material, num valor próximo dos 700 mil euros, já tinha sido recusada numa fase anterior. Mas a atitude destes gestores e a poupança dos 175 mil euros que estavam destinados à compra dos carros, fez com que todo o processo fosse reanalisado, tendo sido o montante em falta garantido por financiamento comunitário, a fundo perdido.
São, afinal, gestos como estes que ainda nos fazem acreditar ...
Na verdade, não é nada frequente acontecer que altos quadros dirigentes abdiquem do seu direito, que a lei lhes confere, de comprar carros de serviço para que fosse possível adquirir novos equipamentos para serem postos ao serviço da população.
Em vez dos cinco automóveis para os administradores, no valor de 35 mil euros cada um, o bloco operatório de neurocirurgia do Hospital Pedro Hispano, passa a ter um microscópio novo, um sistema de neuronavegação e uma broca cirúrgica de precisão, equipamentos fundamentais a um bloco operatório que faz 500 cirurgias por ano.
E a explicação destes administradores sobre a decisão de poupar nos carros para investir em equipamento, foi dada da forma mais simples e natural.
“Nós já trabalhávamos aqui e utilizávamos as nossas próprias viaturas para nos deslocarmos. É isso que vamos continuar a fazer”
Uma atitude tão invulgar, poderá, porém, levar algumas pessoas a pensar “Ah, mas eles são administradores, já ganham um balúrdio, aquilo para eles são trocos ...”
Discordo completamente.
Primeiro, porque quem trabalha, pretende naturalmente que o seu nível de rendimentos vá subindo, E isto aplica-se de igual forma a quem tenha vencimentos altos ou baixos.
Depois, porque estes administradores tinham mesmo direito a ter uma viatura de serviço, a exemplo do que acontece com os demais gestores hospitalares. Não se tratava, sequer, de nenhuma situação de favor.
Finalmente porque, a experiência assim nos mostra, a maioria dos gestos de solidariedade – sem contrapartidas – são mais frequentes entre os que menos têm.
Será bom ainda referir que a candidatura para a aquisição do novo material, num valor próximo dos 700 mil euros, já tinha sido recusada numa fase anterior. Mas a atitude destes gestores e a poupança dos 175 mil euros que estavam destinados à compra dos carros, fez com que todo o processo fosse reanalisado, tendo sido o montante em falta garantido por financiamento comunitário, a fundo perdido.
São, afinal, gestos como estes que ainda nos fazem acreditar ...
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