Agora que, finalmente, estou de malas aviadas para ir de férias, sinto-me em grande só de pensar que vou descansar, vou fazer aquilo que me apetecer, não vou preocupar-me com horários, com compromissos e com toda aquela série de problemas que sempre nos apoquentam durante todo o ano.
Eu sei que passam demasiado depressa e que mal começam já estão a acabar. Sim, isso é verdade. Mas eu pertenço ao grupo a quem as férias sabem sempre bem, muito embora nem sempre se consiga atingir os 100% de satisfação. Mas isso tem a ver com vários factores e fazem parte de uma série de circunstâncias que, muitas vezes, não podemos controlar. Mas, por princípio, as férias são sempre boas e são uma oportunidade para fugirmos à tal rotina de que nos andamos sempre a queixar.
E, confesso, detesto ouvir as pessoas que pertencem ao outro grupo, infelizmente maioritário, responder com um ar de coitados que dá pena, quando lhe perguntam “Então e as férias foram boas?” “Curtas, foram muito curtas!”
Não só não respondem à pergunta, se as férias foram bem passadas, se descansaram, se viajaram e para onde, se foram boas globalmente, como se limitam a despejar o “vómito” habitual, lamuriento e repetitivo de que as férias foram ... apenas curtas.
Será isto o fado? Tenham dó!
Para mais, nem sequer têm grandes razões para se lamentar quanto à duração das férias, já que no contexto da Comunidade Europeia em que nos inserimos, Portugal é o sétimo país (entre 27) onde os seus trabalhadores têm mais férias.
Para os insatisfeitos de sempre, claro que se trabalhassem na Suécia teriam 43 dias anuais de férias e feriados. Mas para esses também lhes digo que se trabalhassem na Estónia apenas disporiam de 26 dias anuais, bastante menos dias daqueles a que nós temos direito.
Mas, caramba, no que concerne a férias também não nos podemos queixar. Depois da Suécia (43 dias), os países com maior número de férias são, segundo a Eurofound (Fundação Europeia para a Melhoria das Condições de Vida e de Trabalho), a Alemanha (40), a Itália (39), o Luxemburgo e a Dinamarca (38), a Áustria (37) e Portugal (36,5).
Daí que acharmos que a “história” das férias curtas não é, de todo, justificável. Muitas vezes o que elas são é mal geridas ou mal aproveitadas, independentemente das finanças que cada um tem disponível para gastar.
Contudo, e apesar de não estarmos tão mal de férias como isso, se me perguntassem se gostaria de ter mais uns dias de férias qual seria a minha resposta? Claro que diria que sim, naturalmente!
Então, meus amigos, chegou a hora de fazermos uma pausa também aqui neste nosso convívio bloguístico. Vou de férias e regressarei, em princípio, no próximo dia 31 de Agosto (data em que celebraremos o 3º aniversário do “Por Linhas Tortas”), pronto para recomeçar as lides na vossa prezada companhia.
Até lá!