Não creio que os “Gato Fedorento” pretendessem apenas fazer humor com o desgraçado daquele cartaz polémico do PNR e com a sua mensagem. Acho mesmo que, de uma forma inteligente e extraordinariamente oportuna e célere, eles quiseram mostrar a sua oposição enquanto cidadãos e, ao fazê-lo, estiveram, obviamente, a fazer pouco de um cartaz de um partido político. E isso é um gesto político.
O cartaz já foi retirado, já que ele não foi devidamente autorizado pela Câmara Municipal de Lisboa. A posição dos “Gato Fedorento”, porém, já foi amplamente divulgada e, rindo-se-lhes na cara (do PNR), já puseram a nu a imbecil proposta daquele partido de extrema direita.
É que para além da xenofobia e do racismo que todos vimos ali patenteados, esqueceram-se os do PNR que esses imigrantes que eles tanto desprezam, valem 7% da riqueza nacional. E esqueceram-se, também, que esses 5% da população geram uma riqueza de 11 mil milhões de euros por ano, tanto quanto a Portugal Telecom, a maior empresa nacional.
Para além disso, o cartaz dos “Gato Fedorento”, ali plantado logo ao lado do outro do PNR, tem pilhas de graça e foi das mais directas, rápidas, contundentes e inéditas respostas que eu me lembre de ter visto, alguma vez, em Portugal.
Com um cartaz que é uma cópia do outro, mas ao contrário, conseguiram de forma magistral responder, taco a taco, a todas as provocações. Enquanto o avião do PNR está a partir o dos “GF” está a chegar, ao “basta de imigração” eles dizem “mais imigração” e ao “nacionalismo é a solução” eles respondem “nacionalismo é parvoíce”.
E a genealidade dos “Gatos” atinge o extase quando, no seu cartaz, juntam às fotografias dos quatro elementos do grupo, todos eles com um ar absolutamente alucinado, se possível mais alucinado ainda do que o do próprio dirigente do PNR, uma saudação de boas vindas e uma frase de antologia “A melhor maneira de chatear estrangeiros é obrigá-los a viver em Portugal”
Com aquele cartaz, os “Gato Fedorento” conseguiram a proeza de criar o tal “acto humorístico” que pôs a rir milhares de pessoas. Mas eles conseguiram, também, com esta demonstração inédita de cidadania, dar a resposta pronta e adequada à mensagem tola do PNR que, ela própria, nos deveria ter provocado uma gargalhada se não estivéssemos a torcer-nos de tanta indignação.
O cartaz já foi retirado, já que ele não foi devidamente autorizado pela Câmara Municipal de Lisboa. A posição dos “Gato Fedorento”, porém, já foi amplamente divulgada e, rindo-se-lhes na cara (do PNR), já puseram a nu a imbecil proposta daquele partido de extrema direita.
É que para além da xenofobia e do racismo que todos vimos ali patenteados, esqueceram-se os do PNR que esses imigrantes que eles tanto desprezam, valem 7% da riqueza nacional. E esqueceram-se, também, que esses 5% da população geram uma riqueza de 11 mil milhões de euros por ano, tanto quanto a Portugal Telecom, a maior empresa nacional.
Para além disso, o cartaz dos “Gato Fedorento”, ali plantado logo ao lado do outro do PNR, tem pilhas de graça e foi das mais directas, rápidas, contundentes e inéditas respostas que eu me lembre de ter visto, alguma vez, em Portugal.
Com um cartaz que é uma cópia do outro, mas ao contrário, conseguiram de forma magistral responder, taco a taco, a todas as provocações. Enquanto o avião do PNR está a partir o dos “GF” está a chegar, ao “basta de imigração” eles dizem “mais imigração” e ao “nacionalismo é a solução” eles respondem “nacionalismo é parvoíce”.
E a genealidade dos “Gatos” atinge o extase quando, no seu cartaz, juntam às fotografias dos quatro elementos do grupo, todos eles com um ar absolutamente alucinado, se possível mais alucinado ainda do que o do próprio dirigente do PNR, uma saudação de boas vindas e uma frase de antologia “A melhor maneira de chatear estrangeiros é obrigá-los a viver em Portugal”
Com aquele cartaz, os “Gato Fedorento” conseguiram a proeza de criar o tal “acto humorístico” que pôs a rir milhares de pessoas. Mas eles conseguiram, também, com esta demonstração inédita de cidadania, dar a resposta pronta e adequada à mensagem tola do PNR que, ela própria, nos deveria ter provocado uma gargalhada se não estivéssemos a torcer-nos de tanta indignação.
11 comentários:
"Não creio que os “Gato Fedorento” pretendessem apenas fazer humor (...)
Acho mesmo que (...) eles quiseram mostrar a sua oposição"
Não me diga!! O país inteiro a pensar que era apenas humor, mas afinal os "Gato Fedorento" também queriam passar uma mensagem?!
O senhor Demascarenhas é um clarividente, uma mente que enxerga aquilo que para os outros permanece na obscuridade. É um privilégio poder ser iluminado pelas suas deduções.
Estou a ver que temos um Pacheco Pereira entre os comentadores.
Oh amigo azul, eu até fico roxo quando a rapaziada não consegue perceber aquilo que lê, ainda mais em português.
Não é necessário ser-se um iluminado para entender que o Demascarenhas ao dizer que não crê, está a querer dizer que ele não acredita, estás a ver?
Mas o que eu penso que ele (demascarenhas) quiz realmente, foi responder à “afirmação” do Ricardo Araújo Pereira de que aquele cartaz representava apenas “um acto humorístico.
Que falta fazem as saudosas “Charlas Linguísticas” do Padre Raul Machado!
Meu caro provocador roxo, "estou a ver" que o senhor é mais um iluminado, desta feita um iluminado da língua portuguesa. Obrigado por me explicar que "crer" e "acreditar" são sinónimos. E eu a pensar que era algo totalmente diferente!
Isso realmente retira por completo o sentido ao meu comentário. Ou será que não?
Meu caro azul, mais uma vez errou na interpretação do texto. Eu não sou roxo, apenas fico dessa cor em determinados momentos.
Mas enquanto estamos para aqui a divagar sobre questões de semântica e a travar duelos inócuos de “pica-miolos”, parece-me que estamos a perder tempo e que seria muito mais importante focarmos a nossa atenção no espírito do texto do demascarenhas e de ficarmos atentos às investidas de grupelhos de extrema direita como aquele que colocou o cartaz que motivou toda esta nossa conversa. Não concorda?
Meu caro provocador policromático, quem se perdeu e insiste em questões de interpretação não sou eu.
Agora vou ser um pouquinho de nada mais directo a ver se compreende: O texto do Demascarenhas limita-se a constatar o óbvio, e o óbvio é que o cartaz dos GF além do humor tem uma mensagem e uma intenção contrária ao do cartaz "original".
O que quer que acrescente sobre o texto? Quer que repita que os grupos de extrema-direita são uns imbecis e que os GF têm imensa graça e razão? Então eu repito: os grupos de extrema-direita são uns imbecis e que os GF têm imensa graça e razão.
E pronto, eis a minha contribuição para um mundo melhor (oops, lá descaí eu mais uma vez na ironia).
Oh azul, se queres tanto contribuir para um mundo melhor, por que é que insistes em deixar estes comentários?
Se não gostas do texto, não comentas. Para a próxima tenta, não custa muito.
Temos censura? Se o Demascarenhas não quiser os meus comentários que o diga. Mas porventura ele tem um espírito mais aberto e plurarista que vocês e consegue aceitar um comentário mesmo um pouco mais crítico ou sarcástico.
Eu gastar tempo a comentar um texto de alguém é um elogio.
Eu gastar tempo a responder a comentadores iluminados como tu é apenas porque agora está a apetecer-me mesmo perder tempo.
Quando não tenho nada a dizer, não digo. Isto foi o meu comentário. Simples de entender. Se confundes um comentário com censura é porque ainda não estás preparado para a democracia, mas isso é um problema teu.
P.S.:
"Eu gastar tempo a comentar um texto de alguém é um elogio."
HAHAHAHA
Tanta modéstia! Mourinho não faria melhor.
1. Tu escreveste algo ligeiramente diferente do que agora afirmas ter feito: tu não escreveste "Quando não tenho nada a dizer, não digo" mas sim "Se não gostas do texto, não comentas."
Ou seja, só se deve escrever para concordar.
2. Ok, falta de modéstia. Se alguém gasta tempo a ler e a comentar o meu blog, eu acho isso lisonjeiro. Se tu não tens a mesma opinião, é porque deves ser tão bom que já não ligas a isso.
Terminei. Não tenho mais nada a dizer e como tal sigo o teu conselho e calo-me.
Aproveita para bateres sem retaliação.
Vá lá meus amigos, discutam mas não se zanguem. Já aqui tenho dito que gostaria que este fosse um espaço destinado ao debate de ideias, por isso aberto a quem gosta e a quem não gosta dos meus textos. Mas independentemente dos comentários que entendam fazer, todos vós são sempre bem-vindos ao “Por Linhas Tortas”.
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