Centro Cultural de Belém, 21h00, 29 de Fevereiro de 2008.
A data já por si não é vulgar. Afinal, 29 dias em Fevereiro só acontecem de quatro em quatro anos. Mas mais invulgar que a data foi o concerto inédito com que Jorge Palma nos presenteou na passada sexta-feira.
Já tínhamos visto e ouvido o cantor/compositor actuar só com a guitarra ou ao piano ou, ainda, acompanhado dos músicos das suas diversas bandas. Agora um concerto em que, para além da guitarra e do piano, pudéssemos assistir ao Jorge acompanhado por um quarteto de cordas, isso era inimaginável. Até agora.
Foi por isso que este concerto foi único. Ao longo de duas horas, Jorge Palma interpretou muitos dos seus temas mais conhecidos, desde a lindíssima (para mim talvez a melhor das melhores) “Estrela da Mar” até ao seu mais recente êxito “Encosta-te a mim”. Pelo meio, ainda nos brindou com uma canção inédita (muito bonita por sinal) e tocou ao piano uma peça de música clássica.
Um espectáculo em que Jorge Palma, para além de se acompanhar à guitarra ou ao piano, teve também por companhia a presença do Quarteto Lacerda, um magnífico conjunto de dois violinos, uma violeta e um violoncelo e do seu filho Vicente Palma (atenção a este jovem cantor e músico que tem confirmado absolutamente que “filho de peixe sabe nadar”), que proporcionaram aos espectadores que encheram o Grande Auditório do CCB uma noite mágica. Tudo servido por um jogo de luzes fabuloso que tornou este espectáculo inesquecível.
E se nunca nos cansamos de o ouvir interpretar as suas canções mais emblemáticas, sempre de uma forma intensa, singular e muitas vezes imprevisível, neste concerto inédito, a que deu o nome de “Carta branca a Jorge Palma”, o cantor mostrou a todos, caso isso ainda fosse necessário, a sua enorme qualidade como músico e a forma virtuosa como domina o piano.
Uma noite mágica e um concerto inesquecível!
1 comentário:
Sem dúvida um grande e inesquecível espectáculo. Confesso que há muito tempo não sentia uma paz de espírito tão grande, pois as lindíssimas melodias levaram-me a navegar por caminhos há muito esquecidos...
O meu muito obrigado.
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