Já passaram alguns dias mas, ainda assim, não os suficientes para fazer esquecer o que aconteceu. Refiro-me às tristes cenas do debate quinzenal de sexta-feira passada na Assembleia da República.
Sabendo, embora, que aquele tipo de retórica e violência fazem parte da chamada democracia parlamentar, o espectáculo a que se assistiu foi lamentável, chocante mesmo, para quem espera que os políticos que elegemos debatam sobretudo a forma como pretendem resolver os problemas do país.
Que inventem e discutam disparates como a “espionagem política” e as escutas de alegados “crimes políticos” em privado, tudo bem. Agora, que se sirvam do Parlamento para toda a troca de acusações e insultos sem sentido, é intolerável. Seria desejável que se discutissem ideias, que se fizessem alianças, no mínimo que chegassem a consensos, que delineassem políticas capazes de inverter coisas tão banais e tão importantes para os cidadãos como a queda eminente da já débil economia e a escalada imparável do desemprego.
Senhores Governantes e Deputados, pensem um bocadinho que seja naqueles que representam. Nos que votaram em vós e também nos outros. Em todos aqueles que vão assistindo impotentes às discussões sem nexo e à politiquice barata de onde pouco ou nada sai de concreto e de útil para a vida de todos nós.
Perante tudo isto e o número crescente de casos obscuros que vêm a público - os que estão em investigação e os muitos que teimam a aparecer a toda a hora - é cada vez maior o número de portugueses que questiona:
E é para aquilo que pagamos àqueles senhores?
1 comentário:
Olá ...
Com que então, disparates, isso foi um nada, na sexta, nada mesmo que possa fazer corar a comissão da saúde, certamente.
A maria está cá com uma desenvoltura...
Enviar um comentário