Há dias quando conversava com um médico amigo falei-lhe, à laia de provocação, no caso das falsas receitas médicas, do crime de milhões de euros que está ainda a ser investigado. Ele não me deu grande saída, disse que em relação às vinhetas elas são facilmente falsificáveis mas percebi que a situação não lhe era confortável porque toda a classe médica estava sob suspeita, ele incluído.
Sobre a fraude em si mesma espero que os peritos consigam chegar a conclusões mas, como cidadão, não posso deixar de me espantar com a inexistência de controlos ou, a existirem com a sua falta de eficácia que permite que aconteçam coisas absolutamente extraordinárias, como por exemplo, a de um só médico ter passado 2400 receitas por mês, ou seja, 120 por cada dia útil, num total de 32 mil por ano.
Falha de controlo essa que admite também que médicos partilhem o mesmo número de cédula profissional, ou que médicos tenham 3 cédulas profissionais com números diferentes ou, ainda, que médicos que já morreram continuem a passar receitas. E o que dizer das vendas de medicamentos fictícias a doentes já falecidos?
Um conjunto de ilegalidades que levam a que, só em 2010, a fraude tenha atingido nada menos do que 40% da despesa do Estado com medicamentos. É obra.
Mas se não pretendo usar a ironia para realçar a magnífica performance de um médico que, só à sua conta, consegue prescrever 120 receitas por dia nem para me dizer perfeitamente atónito com a capacidade de clínicos já falecidos que continuam a passar receitas, quero, todavia, manifestar a minha mais profunda indignação por constatar que este tipo de fraudes continua a verificar-se apesar da existência de sistemas informáticos sofisticados. Até quando?
Sobre a fraude em si mesma espero que os peritos consigam chegar a conclusões mas, como cidadão, não posso deixar de me espantar com a inexistência de controlos ou, a existirem com a sua falta de eficácia que permite que aconteçam coisas absolutamente extraordinárias, como por exemplo, a de um só médico ter passado 2400 receitas por mês, ou seja, 120 por cada dia útil, num total de 32 mil por ano.
Falha de controlo essa que admite também que médicos partilhem o mesmo número de cédula profissional, ou que médicos tenham 3 cédulas profissionais com números diferentes ou, ainda, que médicos que já morreram continuem a passar receitas. E o que dizer das vendas de medicamentos fictícias a doentes já falecidos?
Um conjunto de ilegalidades que levam a que, só em 2010, a fraude tenha atingido nada menos do que 40% da despesa do Estado com medicamentos. É obra.
Mas se não pretendo usar a ironia para realçar a magnífica performance de um médico que, só à sua conta, consegue prescrever 120 receitas por dia nem para me dizer perfeitamente atónito com a capacidade de clínicos já falecidos que continuam a passar receitas, quero, todavia, manifestar a minha mais profunda indignação por constatar que este tipo de fraudes continua a verificar-se apesar da existência de sistemas informáticos sofisticados. Até quando?
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