Em tempos idos, com o auge nas décadas de 40 a 60 mas que continuaram, ainda, por muitos anos, o rei dos ilusionistas portugueses, também reconhecido internacionalmente, dava pelo magnífico nome de Conde d'Aguilar. Recordo-o bem, tinha uma figura muito característica. Apresentava-se sempre de casaca, faixa verde e vermelha ao peito, e muitas medalhas. Logo na sua entrada em palco se notava um toque de antipatia, talvez um excesso de altivez. Porém, os seus truques eram feitos com extrema elegância e transportavam-nos ao fascinante mundo da ilusão. O Conde d'Aguilar foi, de facto, um grande mágico que marcou uma época em Portugal.
Agora já não se tiram coelhos da cartola como dantes. Agora é a vez do (Passos) Coelho e a sua gente se dedicarem à prestidigitação, à mágica não tradicional, à habilidade manhosa e à trapaça para confundir os portugueses. Vejam, por exemplo, como a Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES) se transformou na Contribuição de Sustentabilidade ou como transformou a CES de imposto transitório em definitivo com a nova designação.
Foi-se o deslumbramento e a ilusão de outrora. Dos actuais "mágicos" só esperamos as duras penas que teimam em continuar a infligir-nos.
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