“No futuro, as empresas não empregarão pessoas com mais de quarenta anos”. Esta frase proferida pelo “guru da gestão” Charles Handy deixou-me inquieto.
Há quarenta anos atrás, a generalidade das pessoas trabalhava até aos sessenta e cinco, setenta anos. Com excepção dos casos de doença, não se sentia a necessidade de se chegar rapidamente à reforma, pelo que, o fim do caminho chamado produtivo, era normalmente os setenta anos e as empresas estavam estruturadas para manter os seus empregados até então.
Os anos passaram e trouxeram novas metodologias de trabalho e novas tecnologias que permitem às empresas reduzir drasticamente o seu pessoal. A juntar-se a isso, surgiu um novo conceito que fez das pessoas com cinquenta anos ou mais, empregados porventura pouco actualizados e com resistências a essas tecnologias, eventualmente cheios de “vícios e, portanto, empregados não recuperáveis.
Passou-se, pois, a considerar que em vez dos tais sessenta e cinco ou setenta anos, os empregados teriam muito menos valia para a empresa aos cinquenta, cinquenta e cinco anos.
A cumprir-se a abalizada opinião de Charles Handly como será o futuro? E, provavelmente, o futuro muito próximo? Passar-se-á a considerar que a partir dos quarenta anos as pessoas já não serão úteis para produzir?
Logo agora que muitos países estão a impor uma idade de reforma mais tardia?
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