Mesmo sabendo que nas campanhas eleitorais, independentemente a que se destinem, os políticos exageram (na forma e na substância) as promessas que fazem, há limites que não podem ser ultrapassados. E nem sequer o calor do entusiasmo das campanhas pode ou deve sobrepor-se ao bom senso exigíveis a quem quer ser líder de alguma coisa.
E foi isso que aconteceu quando em Montalegre, distrito de Vila Real, António José Seguro encontrou uma sala cheia de militantes e simpatizantes e aproveitou, por isso, para insistir no apelo à mobilização e ao voto nas eleições primárias do Partido Socialista, no próximo dia 28.
Seguro, porventura excitado pelo acolhimento dos transmontanos, às tantas, atirou com esta:
"E sabem porque é que ninguém nos vai parar? Porque na República todos nós temos o mesmo voto. E o voto de um agricultor em Montalegre é precisamente igual ao voto de um doutor em Lisboa".
Patético, para não dizer pior ... Onde diabo foi ele buscar tamanha loucura? É que, no mínimo, muitos dos transmontanos presentes - agricultores ou não - por não se sentirem (e bem) inferiores aos ditos doutores da capital, juraram a pés juntos que iriam votar em António Costa.
Um entusiasmo de António José Seguro que lhe saiu um bocado ao lado ...
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