Pelo título desta crónica devem ter pensado que ia escrever sobre o novo disco de originais do Jorge Palma. Não, não vou. Já estou como a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, que disse de forma clara - quando a Europa, para resolver os problemas europeus, mostrou a intenção de mendigar dinheiro aos países emergentes - “se os europeus não põem lá o dinheiro deles, por que é que nós havemos de lá pôr o nosso?”. Tal qual, comprem o disco do Jorge, ouçam-no e (agora digo eu) apreciem-no.
A minha reflexão de hoje tem a ver com a falta de líderes de qualidade na Europa. Que saudades tenho de Willy Brandt, de Helmut Kohl, de François Mitterrand ou do nosso Mário Soares. Políticos que tinham uma ideologia, um caminho, um sonho. Dos actuais dirigentes, porém, apenas se vislumbra a sua insensatez e a incapacidade para levar por diante a consolidação de um projecto Europeu que se pretendia forte.
Por cá, Passos Coelho quis mostrar ao mundo que podíamos ser ainda melhores do que aquilo a que os nossos credores nos obrigam. E vá de arranjar medidas drásticas, sufocantes e desesperantes para as pessoas (ainda é capaz de haver por aí quem se lembre que, no meio disto tudo, existe gente?). Medidas que foram, de resto, incluídas na proposta de Orçamento de Estado para 2012 onde, entre tanta tragédia, sobressai o corte dos subsídios de férias e de Natal.
Afinal, e ao que veio agora dizer o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, um dos subsídios talvez possa ser mantido, como o Partido Socialista pretende. No que é que ficamos? Havia ou ainda há margem de manobra para não castigar demasiado os portugueses? Se havia porque é que o OE foi tão severo? Para experimentar a rapaziada, para fazer um teste à nossa reacção? Cuidado que essas experiências às vezes dão maus resultados.
Ouvindo Passos Coelho defender que Portugal só conseguirá sair da actual crise "empobrecendo" e o Ministro da Juventude e do Desporto incitar os jovens a emigrar dá a ideia que o nosso Governo já desistiu de Portugal. É o que sente um número crescente de portugueses. E eu também penso assim. Com todo o respeito.
A minha reflexão de hoje tem a ver com a falta de líderes de qualidade na Europa. Que saudades tenho de Willy Brandt, de Helmut Kohl, de François Mitterrand ou do nosso Mário Soares. Políticos que tinham uma ideologia, um caminho, um sonho. Dos actuais dirigentes, porém, apenas se vislumbra a sua insensatez e a incapacidade para levar por diante a consolidação de um projecto Europeu que se pretendia forte.
Por cá, Passos Coelho quis mostrar ao mundo que podíamos ser ainda melhores do que aquilo a que os nossos credores nos obrigam. E vá de arranjar medidas drásticas, sufocantes e desesperantes para as pessoas (ainda é capaz de haver por aí quem se lembre que, no meio disto tudo, existe gente?). Medidas que foram, de resto, incluídas na proposta de Orçamento de Estado para 2012 onde, entre tanta tragédia, sobressai o corte dos subsídios de férias e de Natal.
Afinal, e ao que veio agora dizer o Ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, um dos subsídios talvez possa ser mantido, como o Partido Socialista pretende. No que é que ficamos? Havia ou ainda há margem de manobra para não castigar demasiado os portugueses? Se havia porque é que o OE foi tão severo? Para experimentar a rapaziada, para fazer um teste à nossa reacção? Cuidado que essas experiências às vezes dão maus resultados.
Ouvindo Passos Coelho defender que Portugal só conseguirá sair da actual crise "empobrecendo" e o Ministro da Juventude e do Desporto incitar os jovens a emigrar dá a ideia que o nosso Governo já desistiu de Portugal. É o que sente um número crescente de portugueses. E eu também penso assim. Com todo o respeito.
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