Parece que foi há séculos mas não foi. Todos nós nos lembramos que até há bem pouco tempo os bancos se degladiavam entre si para atrair novos clientes ou não davam tréguas aos já fidelizados oferecendo as taxas mais atractivas para os depósitos a prazo ou outros produtos tentadores cuja complexidade poucos entendiam. Quantos de nós fomos "assaltados" pelos gestores de conta - às vezes com chamadas telefónicas para as nossas casas a horas impróprias - a aliciarem-nos com produtos "absolutamente garantidos" e de alta rendibilidade.
Pois parece que foi há muito tempo. E se nessa época eram os bancos que nos procuravam para lhes entregarmos o nosso dinheiro (as nossas poupanças) que se destinavam a financiar outros clientes, hoje são esses mesmos bancos que fecham a torneira dos depósitos por que têm onde se financiar mais em conta. É que, para além de poderem recorrer ao Banco Central Europeu (BCE) onde os juros são mais baixos dos que teriam que pagar aos depositantes, factores como as taxas Euribor estarem excepcionalmente baixas ou mesmo negativas ou o chamado rácio de transformação (depósitos sobre créditos) estar já à volta dos 120% tornam pouco interessantes as taxas de mercado oferecidas pelas instituições bancárias. E (creio) os juros vão continuar baixos pelos menos até ver ...
Por isso (e até ver, repito) os aforradores têm que pensar em alternativas. O imobiliário é uma delas mas há outras. No meu caso já comprei uns quantos porquinhos-mealheiro ... dos tradicionais. Na verdade, as poupanças depositadas nos porcos podem render ainda menos do que se estivessem em depósitos a prazo mas tenho a certeza que me vai dar um prazer dos diabos assentar o martelo em cima dos porcos, parti-los aos bocados e tirar as notas e moedinhas que, com sacrifício, tenha colocado na ranhura dos ditos. É o regresso às origens, que é como quem diz, o retorno aos anos da minha meninice.
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