Eu não disse que voltaria no dia 11? Cá estou! Por acaso até cheguei um bocadinho mais cedo mas, o que querem, tinha tantas saudades vossas que decidi antecipar por umas horas o meu regresso. E com uma alegria redobrada porque, no passado dia 31 de Agosto, o nosso blogue fez um aninho, o seu primeiro ano de vida (parabéns a você nesta data querida, vá lá, cantem também...). Penso que é a altura de fazermos um brinde. É verdade, parece que foi ontem e já lá vai um ano. Tímido, ainda, um tanto ou quanto hesitante às vezes, mas, apesar de tudo, já vamos andando com as nossas próprias perninhas. É, pois, motivo para brindar com uma taça de ...
Pois, essa é uma boa questão. Vamos brindar com uma taça cheia de quê? É que costuma dizer-se que não se pode brindar com um qualquer líquido, sobretudo com a água, não é? Vejamos então...
Há regras que vêm, sabe-se lá desde quando e que perduram indefinidamente sem que se saiba quem as ditou e porque razão, acabando muitas delas por constituir a própria tradição.
É o caso de não se poderem fazer brindes com água. Quando toda a gente levanta o seu copo no ar e há um incauto (que até, coitado, só pode beber água, por gosto ou por doença) que levanta o copo com água lá dentro, a reacção, quase sempre histérica ou de troça, não se faz esperar: “A brindar com água, estás louco, ou quê?”. Este “ou quê” cai sempre muito bem e arruma definitivamente quem já está na “mó de baixo”.
Fazer tchim-tchim com um copo de água é coisa que não cai lá muito bem, quero dizer, não é lá muito bem visto numa qualquer reunião social. O infeliz que o faz, arrisca-se a ser posto imediatamente de lado, desprezado e desconsiderado, e arrisca-se fortemente a ser chutado sem dó para fora da sala.
Mas, o motivo mais forte, digamos, o motivo que ainda hoje reune um maior concenso para não se brindar com água, prende-se, sobretudo, com o facto de poder dar azar. Nem mais. Um dia alguém se lembrou de dizer que brindar com água dava azar e zás, todos aceitaram sem perguntarem os porquês.
Mas eu que nunca alinhei nessa treta e, ao cabo de uns anos de pesquisas aturadas, cheguei à conclusão (embora sem ter a certeza certa) de que se pode, efectivamente, fazer brindes com um copo de água. E porquê?
A história remonta à época dos descobrimentos. Como as “cascas de noz” a que os descobridores chamavam de caravelas tinham um espaço muito limitado e porque não havia estações de serviço que dessem apoio aos navegadores em alto mar, todos os produtos eram criteriosamente escolhidos porque a viagem poderia ser longa. Assim, e dado que a água potável era indispensável para matar a sede a toda a tripulação, sabe-se lá por quantos meses, as naus procuravam levar toda a água que pudessem, mas a sua gestão, era, naturalmente, rigorosa. Quase sempre com recurso ao racionamento.
Assim, e para poupar a preciosa água, os comandantes impuseram que todas as celebrações só poderiam fazer-se com rum, ou com aguardente mas nunca poderiam ser festejadas com água porque isso traria um azar imenso a quem o fizesse, argumentavam.
Ainda hoje, passados séculos, ainda se costuma ouvir que não se deve brindar com água porque dá azar. Ainda hoje, ao brindarmos com água, sem o receio de que ela nos venha a faltar e possamos morrer à sede, se faz a pergunta a quem tem tamanha ousadia “A brindar com água, estás louco?”. Aqui, e não me perguntem porquê, não utilizei, propositamente, o “ou quê”?
Brindemos, pois, sem medos, com uma taça de champanhe, de gasosa, de chá, de vinho, de leite … ou de água, por mais este ano que agora iniciamos.
Ip, ip, ip, hurra!
Pois, essa é uma boa questão. Vamos brindar com uma taça cheia de quê? É que costuma dizer-se que não se pode brindar com um qualquer líquido, sobretudo com a água, não é? Vejamos então...
Há regras que vêm, sabe-se lá desde quando e que perduram indefinidamente sem que se saiba quem as ditou e porque razão, acabando muitas delas por constituir a própria tradição.
É o caso de não se poderem fazer brindes com água. Quando toda a gente levanta o seu copo no ar e há um incauto (que até, coitado, só pode beber água, por gosto ou por doença) que levanta o copo com água lá dentro, a reacção, quase sempre histérica ou de troça, não se faz esperar: “A brindar com água, estás louco, ou quê?”. Este “ou quê” cai sempre muito bem e arruma definitivamente quem já está na “mó de baixo”.
Fazer tchim-tchim com um copo de água é coisa que não cai lá muito bem, quero dizer, não é lá muito bem visto numa qualquer reunião social. O infeliz que o faz, arrisca-se a ser posto imediatamente de lado, desprezado e desconsiderado, e arrisca-se fortemente a ser chutado sem dó para fora da sala.
Mas, o motivo mais forte, digamos, o motivo que ainda hoje reune um maior concenso para não se brindar com água, prende-se, sobretudo, com o facto de poder dar azar. Nem mais. Um dia alguém se lembrou de dizer que brindar com água dava azar e zás, todos aceitaram sem perguntarem os porquês.
Mas eu que nunca alinhei nessa treta e, ao cabo de uns anos de pesquisas aturadas, cheguei à conclusão (embora sem ter a certeza certa) de que se pode, efectivamente, fazer brindes com um copo de água. E porquê?
A história remonta à época dos descobrimentos. Como as “cascas de noz” a que os descobridores chamavam de caravelas tinham um espaço muito limitado e porque não havia estações de serviço que dessem apoio aos navegadores em alto mar, todos os produtos eram criteriosamente escolhidos porque a viagem poderia ser longa. Assim, e dado que a água potável era indispensável para matar a sede a toda a tripulação, sabe-se lá por quantos meses, as naus procuravam levar toda a água que pudessem, mas a sua gestão, era, naturalmente, rigorosa. Quase sempre com recurso ao racionamento.
Assim, e para poupar a preciosa água, os comandantes impuseram que todas as celebrações só poderiam fazer-se com rum, ou com aguardente mas nunca poderiam ser festejadas com água porque isso traria um azar imenso a quem o fizesse, argumentavam.
Ainda hoje, passados séculos, ainda se costuma ouvir que não se deve brindar com água porque dá azar. Ainda hoje, ao brindarmos com água, sem o receio de que ela nos venha a faltar e possamos morrer à sede, se faz a pergunta a quem tem tamanha ousadia “A brindar com água, estás louco?”. Aqui, e não me perguntem porquê, não utilizei, propositamente, o “ou quê”?
Brindemos, pois, sem medos, com uma taça de champanhe, de gasosa, de chá, de vinho, de leite … ou de água, por mais este ano que agora iniciamos.
Ip, ip, ip, hurra!
À nossa saúde!
5 comentários:
Oh demascarenhas, tu és mas é um ganda manganão. Então eu, logo eu, ia brindar à saúde do blog, de ti e de todos nós com uma gasosa de quinta? Estás a brincar ou quê? O que eu vou fazer é erger a minha flúte (reparem bem na categoria...) de bom champanhe português e deixar que as borbulhas do dito me ajudem a gritar
“força companheiro, estamos aí! Saúde e parabéns pelo aniversário”
Ainda bem que voltaste.
Não tendo o que ler, tive bastante dificuldade em ocupar o meu tempo. Cheguei, inclusive, a ter de trabalhar.
Bem vindo.
Para o brinde eu propunha sangria, que tal?????
Muitos parabéns e um grande beijinho
tenho pessoas que convido-as para jantar, e depois vem-me com essa brincadeira de fazer o brinde com água.
Nunca me senti para dizer a verdade brindando com alguém que brinda com água.
Quero dizer, digo saúde a todos quando isso acontece expandindo o brinde para alem daquela mesa não sei porquê, é coisa que sinto, não muito à vontade com esse ato. Só pode brincar com água, por amor de deus, isso ainda é possível hoje? falta é talvez um pouco de respeito para com quem quer brindar? faz algum sentido brindar com água?
a historia veio do seguinte barco em que faltava água e em que ela teve que ser bem aproveitada. daqui o comandante do navio disse que a partir daquela hora so se brindava com rum e etc, mas não agua, para não morrerem à sede.
e hoje essas pessoas que brindam com água que querem demonstrar? temos água como garantia? temos agua a transbordar? e um dia vai faltar e com sorte ainda ficam com uma cerveja pra brindar. acho que com o passar dos tempos isso introduziu-se na historia do ser humano, não levar agua como garantia ah mas espera não pensamos isso então pk o fazem? falta-lhes força de vontade para aceitar a maioria? querse-ão destacar, que são fortes para ir contra uma corrente que vem desde há muitos anos? perferem-na quebrar? Amigos, parem de querer brindar com água com juízo.
Desculpe corrigi-lo mas não existe champanhe português, e sim, espumante português. Só se dá esta denominação ao espumante produzido na região de Champanhe, na França...
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