quarta-feira, julho 14, 2010

Acabou-se o Mundial de Futebol


Mesmo para quem, como eu, gosta de futebol, assistir a tantos jogos em tão curto espaço de tempo, é dose. Não fossem os “fait-divers” que sempre acontecem à margem das competições, eu teria sucumbido aos jogos propriamente ditos, aos comentários dos jornalistas (aos que estavam lá e aos que cá ficaram), aos telejornais que quase só falavam do Mundial, aos programas especiais sobre o mesmo e às transmissões directas, algumas bem emocionantes como ver o autocarro da nossa selecção chegar à porta de um hotel, como dizia o Ricardo Araújo Pereira. Querem coisa mais emotiva?

Mas, agora que acabou o Mundial de Futebol – e continuando a não falar sobre futebol - gostaria de deixar duas notas finais enquanto apreciador da modalidade:

A primeira é que, mesmo com todos os “ses” e “poréms” que mantemos e cultivamos em relação aos nossos vizinhos espanhóis (é uma coisa que nos vai na alma, queiramos ou não), penso que a Espanha ganhou bem. Não falo do tipo de jogo que faz (deixo a outros essa função), refiro-me tão-somente à determinação que sempre vi nos seus jogadores, à raça com que encararam os jogos e ao modo como os verdadeiros vencedores olham para os seus objectivos. E neste capítulo, mesmo descontando os conhecidos exageros patrióticos de “nuestros hermanos”, acho que foram uma vez mais um exemplo em que nós, portugueses, deveríamos reflectir.

A segunda nota tem a ver com a um dos símbolos do campeonato. O maior entre os maiores. Não, não estou a falar da vuvuzela, aquele “instrumento” que nos infernizou os ouvidos durante todo este tempo e que é tão malquista que quer os ingleses em Wimbledon e nos próximos Jogos Olímpicos de Verão, em Londres, em 2012, quer os neo-zelandeses do râguebi já a proibiram de entrar nos seus estádios. Eles lá sabem porquê.

Estou a referir-me, como devem ter percebido, à “figura” incontornável de “Paul” o magnífico polvo adivinhador que conseguiu acertar em todos os vencedores de determinadas partidas. Mortos de inveja por tal concorrente tentacular, bem apareceram periquitos, cães, macacos e até reputados analistas de futebol a tentarem superá-lo, mas Paul foi-lhes superior e não se enganou uma só vez. Ele é, de facto, o “rosto” deste Mundial de Futebol realizado na África do Sul.


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