Quando, nos últimos dias, veio a público que a electricidade ia aumentar 30% a partir do próximo mês de Janeiro, os portugueses arrepiaram-se. Depois de termos sido “assaltados” recentemente com a subida do IVA sobre a electricidade, o anúncio deste novo aumento, ainda por cima sugerido pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), soou-nos a mais uma obscenidade.
Que não, que não, apressou-se a esclarecer a ERSE, “tudo o que dizem é meramente especulativo” porque a proposta de aumento ainda estava em avaliação.
Uns dias depois, o primeiro-ministro Passos Coelho avisou, já no final do debate quinzenal no Parlamento, que "as tarifas da electricidade deverão subir 32% em 2012", caso não sejam tomadas medidas urgentes. Um alerta que, no entanto, passou despercebido à maioria dos portugueses.
Conhecemos bem este filme de tanto o termos visto. Quando se pretende aumentar qualquer coisa, primeiro fala-se numa percentagem muito elevada, depois diz-se que, afinal, os valores não vão ser assim tão grandes e o resultado acaba por ser um aumento significativo, só que não tão alto como o anunciado no início. É ou não é assim? Preparem-se.
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