Este fim-de-semana cheguei ao limite. E, desta vez, não foi só por causa de Alberto João Jardim. A minha vontade era bater em alguém, nos políticos preferencialmente. Mas para não desgraçar a minha vida, preferi tomar a decisão de emigrar. Não sei ainda bem para onde mas estou a pensar em países como o Qatar ou, talvez, o Luxemburgo, que sempre fica um pouco mais à mão.
A vida está difícil e cansei-me de perder, continuadamente, o poder de compra. Quando penso que, no início da última década, Portugal era um país que estava no 34º posto do PIB per capita mais alto do mundo, que em 2010 desceu para a 40ª posição e que, segundo as projecções do FMI, iremos por água abaixo até à 45º lugar em 2016 – dentro de 5 anos apenas – atrás de países como a Estónia ou Antigua & Barbados, que ninguém sabe onde ficam, dá-me vontade de arrancar os poucos cabelos que me restam. Fico como se estivéssemos a jogar uma partida de futebol com o Liechtenstein e eles nos dessem uma cabazada. Uma humilhação de todo o tamanho.
A concretizarem-se as tais previsões, teremos descido 11 lugares em poucos anos, o que significa que nós portugueses, teremos que viver com um rendimento médio de uns modestíssimos 25,8 mil dólares enquanto que os habitantes do Quatar vão conseguir “sobreviver” com uns parcos 103 mil dólares. Quase quatro vezes mais, coitados.
Portanto, Amigos, adios, aufiderzin, goodbye . Depois mando postais. Até ao meu regresso …
2 comentários:
Naaaaaaaaaaaaaaaaaão, não vá embora meu bom Amigo. Não vai precisar de chegar a esse extremo, pois enquanto decide qual o País destino, a crise vai agravar-se e quando se fizer luz na sua cabeça, já nem vai haver euros para a compra do bilhete de avião…Lol. Agora a sério, pergunto eu, porque razão as nossas melhores cabeças decidem emigrar? Seria uma grande perda se isso realmente vier a acontecer, pois já temos tanta falta de pessoas inteligentes, pessoas dotadas da capacidade de fazer uma análise crítica da realidade e de tudo que as rodeia, que a sua ida para o estrangeiro seria um desastre. Porque não fazer o mesmo que o Professor José Machado Pais, e ser “um dia turista na sua própria cidade”? Acho a sugestão aliciante e até pode poupar uns Eurozitos? Não acredita? Então recomendo a leitura do artigo do Professor José Machado Pais, disponível na sua página na Internet. Desta forma, tenho a certeza que irá gostar e não tenho dúvidas que terá muito que contar no seu blog, pois o seu olhar crítico é muito apurado, talvez deformação profissional de outros tempos...Agora por favor não vá, please, please…
Abraço
Eu estou de partida também... Neste momento ficar em portugal significa enfiar os meus sonhos numa gaveta.
A vida é muito curta para ficar aqui a tentar lutar contra a maré.
Tenho 29 anos e qualquer dia já ninguem me aceita em lado nenhum.
Perdi o meu negócio à conta das medidas que o governo tem vindo a exigir.
Portugal já era mau na década de 90 mas agora parou de vez.
Para mim a vida é mais do que ter o pão e o vinho à mesa e ver futebol no café.
Quero ter filhos, trabalhar e disfrutar da vida com qualidade.. Ter acesso a boas escolas e médicos. Viver numa sociedade justa, coisa que não se passa em portugal.
Boa sorte para quem cá ficar.
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