Foram muitos os que defenderam que sem a “ajuda” da troika, Portugal rapidamente entraria em banca rota. E, tanto fizeram, que ela foi-nos concedida.
Assim, o plano de ajuda externa ao nosso país, negociado entre o Governo e a troika (CE/FMI/BCE), estabeleceu um empréstimo de 78 mil milhões de euros durante três anos. Portanto, para nos aguentarmos, teremos que suportar sacrifícios inauditos para poder pagar o capital emprestado mais os respectivos juros. Sim, porque os empréstimos não são de borla.
Só que, e este pormenor parece ter passado despercebido a muita gente, para além desse enorme esforço – só em 2012 teremos que pagar em juros 8,8 mil milhões de euros – vão sair dos cofres do Estado até 2014 mais 655 milhões de euros para comissões devidas à troika. Ah, pois é, este ano serão 335 milhões, para o ano 211 milhões, 84 milhões em 2013 e os restantes 25 milhões em 2014. Como vêm, as “ajudas” pagam-se … e bem. E a verdade é que a informação sobre estas comissões – de 655 milhões de euros, repito – passou por entre os pingos da chuva e poucos terão sentido o espanto de saber em quanto é que nos fica a tal “ajudinha”. Agora é esperar que, ao menos, ela sirva para aproveitarmos a oportunidade para se fazerem as tais reformas de que tanto falamos (e necessitamos) há anos. Isto, se conseguirmos sobreviver.
1 comentário:
Quanto ás comissões!...não sei.
quanto à ilustração!...agradeço a utilização.
obviamente - claro
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