Sempre achei ridículas as iniciativas que têm por objectivo único fazerem parte do Guiness ou aquelas "invenções" que não servem rigorosamente para nada.
Tal como achei desnecessária aquela votação recente organizada pela Porto Editora, em que foi escolhido o adjectivo "entroikado" como a palavra que melhor representa o ano de 2012. Bem, e o que é que ganharam com isso a nossa língua e os portugueses? Nada!
Mas foi essa a palavra escolhida (que nem sequer consta no nosso dicionário), superando os vocábulos “desemprego” e “solidariedade”, essas sim, já existentes na nossa língua. Com o "entroikado" a rapaziada pretende transmitir que foi "obrigada a viver sob as condições impostas pela troika" ou "que está numa situação difícil". Enfim, "que está tramada, que está lixada".
Segundo li, há especialistas que destacam a musicalidade da palavra, a sua força e expressividade. Não acho nada disso e, para mim, a sua utilização é apenas mais uma moda que passará com o tempo. Admito que traduza o sentimento geral que se vive no país, mas não me parece que seja suficiente para que tenha sido tão utilizada em textos escritos e em publicações periódicas, impressas e digitais, em 2012. Tão-pouco que tivesse tão grande impacto na utilização quotidiana dos portugueses que a leve à integração no nosso vocabulário. Pelo menos, aqui, no "Por Linhas Tortas" não me recordo de o ter utilizado uma vez que fosse. Desculpem lá!
1 comentário:
Olá meu bom Amigo,
Na minha opinião, já não existem adjetivos que qualifiquem aquilo que estamos a passar. A pergunta que faço é “Até quando o povo vai aguentar?”, “Até quando o povo continuará a ser sereno?”, “Até quando continuaremos a ser governados por autênticos desgovernantes?”. A situação é crítica e preocupante, pois os problemas económicos e principalmente os sociais estão a agravar-se. No dia em que o povo não tenha que comer, e de dar de comer aos filhos, talvez aí o povo faça uma revolução, mas desta vez sem “cravos”. Que se “dane” mesmo a Troika…
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