segunda-feira, abril 22, 2013

O país das mentiras ...


 
Na semana passada Passos Coelho convidou António José Seguro para um encontro que visava um possível entendimento político. Apesar do Primeiro-Ministro ter esquecido há muitos meses que Seguro existia e que até era o líder do principal partido da oposição, Seguro compareceu. Em nome de uma eventual reconciliação? Por querer assegurar o reforço da democracia?

À saída, Passos afirmou que a reunião tinha corrido bem e Seguro disse que estava tudo na mesma. Uma bela amostra de uma convergência impossível. É certo que ambos se mostraram disponíveis para o diálogo mas, como se esperava, ambos ficaram irredutíveis nas soluções que cada um defende para combater os verdadeiros problemas do país.

E, afinal, o que é que se ia discutir naquele encontro? Ao que dizem as más línguas, as decisões estavam já tomadas, pelo que, toda a encenação não passou disso mesmo. Um faz-de-conta para mostrar à troika que existe um consenso político em Portugal que assegura o cumprimento das nossas responsabilidades. Uma mentira pegada.

Aliás, uma mentira em que toda a gente fingiu acreditar. Alguns agentes políticos, os média que cobriram toda a história e as cidadãos que ainda tiveram uma réstia de esperança. Mas, repito, todos fingimos acreditar. Por ingenuidade, por boa-fé ou por desespero.
 
 

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