quinta-feira, julho 04, 2013

Só não conseguimos fazer equipas brilhantes


Num encontro promovido pelo Rabino de Buenos Aires, Abraham Scorca, o correspondente da SIC em Israel, Henrique Cymerman, conversou com o Papa Francisco. Foi uma reportagem muito interessante a que foi transmitida pelo canal de Carnaxide. Gostei de ver a humildade e a informalidade do Papa, que me transmitem grande esperança quanto ao exercício da sua missão.

Mas apreciei também a conversa que o Rabino manteve com Cymerman. Inteligente, profunda e humanista.

Às tantas quando Henrique Cymerman lhe coloca a questão: "Temos o representante de Deus no Vaticano, o representante de Deus no campo de futebol e temos a Rainha da Holanda. O que se passa na Argentina?"

Scorca respondeu: "é uma questão que encerra um paradoxo. Na Argentina há muitas pessoas brilhantes. Posso dizer isso pelo meu querido Amigo, o Papa Francisco, gente brilhante no desporto, como é o caso de Messi. Ele é um jogador fora do normal, já entrou na História do futebol. E assim na Argentina há indivíduos brilhantes. O que não conseguimos fazer são equipas brilhantes ...".

Como isso se aplica ao nosso país. Temos, também, indivíduos brilhantes. No mundo do desporto (Ronaldo e Mourinho, p.e.), na ciência (António Damásio e Elvira Fortunato, são bons exemplos) e em tantas outras actividades. Temos e tivemos pessoas brilhantes. Mas tal como na Argentina, também não conseguimos fazer equipas brilhantes.

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