terça-feira, junho 23, 2015

Mas ... eles foram condecorados porquê?



Não costumo opinar sobre o que não sei. Porém, há coisas que, embora não compreenda, me levam - ainda assim - "a pensar em voz alta". Como é o caso da atribuição de condecorações, nomeadamente aquelas que são concedidas pelo Presidente da República no 10 de Junho. Ignoro quais são os critérios seguidos mas, em alguns casos, ao olhar de um cidadão comum, fazem uma certa confusão.

É que, no meu fraco entender, estas homenagens estariam reservadas a quem tivesse prestado serviços relevantes a Portugal, no país e no estrangeiro, assim como serviços na expansão da cultura portuguesa ou para conhecimento de Portugal, da sua História e dos seus valores. Desculpem a minha ignorância ...

Este ano, por exemplo, entre um grande número de pessoas que não conheço (e, por isso, não me atrevo a comentar o que quer que seja), foi conferida ao Prof. Doutor José Mariano Gago (a título póstumo) a "Ordem Militar de Cristo (Grã-Cruz)". Nada mais justo a um homem que tanto fez pelo país.

Mas o que dizer da "Comenda" atribuída a António Zambujo - a "Ordem do Infante D. Henrique"? Por muito que aprecie o artista (e gosto verdadeiramente de o ouvir e tenho simpatia por ele), o que é que ele fez assim de tão relevante pelo país? Sobretudo quando não conheço que tenha havido idêntica atenção para artistas como Jorge Palma, Sérgio Godinho ou Rui Veloso, entre outros? Esses, há longos anos com méritos reconhecidos por todos.

E o que pensar sobre Carlos Gil, agraciado com a "Ordem do Infante D. Henrique"? Sabem, por acaso, que aptidões especiais foram postas ao serviço de Portugal pelo novel "Comendador"? Pois bem, eu digo-vos, Carlos Gil (que não conheço e contra o qual nada me move) é apenas, e só, o costureiro - o "designer" - da D. Maria Cavaco Silva, esposa do Presidente da República. Será o suficiente para tão alta distinção?

Como referi, não sei como são escolhidos os nomes. Mas que muitos deles são, no mínimo, polémicos, lá isso são ...

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