Para quem não viu ainda (ou para quem quer recordar) esta belíssima exibição de dança, deixo-vos com
Nuno Markl
Nuno, embora não te conheça pessoalmente, no último sábado deste-me uma prova de amizade que nunca esquecerei.
Ao “dançares” o tango daquela forma, inovadora como tu próprio disseste, transmitiste-me a força que me faltava há anos e acredita que a minha auto-estima subiu de imediato.
Dançar não é apenas o deslizar graciosamente pela sala, em requebros elegantes e em movimentos sensuais. Quem pensava – e eu era um deles – que só o Fred Astaire e a Sónia Araújo sabiam de facto dançar constatou, finalmente, que não basta mostrar graciosidade ou mover o corpo ao som da música.
Tu demonstraste inequivocamente como se deve conduzir o par, com determinação, com um ar mais ou menos marcial e, sem dúvida alguma, com a garra bem assumida de um “macho latino”. Performance notável e irrepreensível.
Razão teve a jurada Rita Blanco ao conceder-te o máximo da pontuação – nove.
Quanto a mim, que nesta arte sou apenas um pouco melhor do que tu, e que na dança sempre me equiparei a um elefante num bazar de porcelanas, ao ver-te, deixei de sentir que o meu pé pesado como chumbo poderia continuar a ser um empecilho para uma bela noite de rodopios.
Fico a dever-te esta, Nuno Markl.
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