Na última quarta-feira publiquei aqui um texto em que dava conta das minhas dúvidas sobre a actuação das empresas de rating e sobre as suas notações que eu considero serem, em muitos casos, tendenciosas, destorcidas e, no mínimo, incompetentes.
Na edição do Expresso do passado sábado, Nicolau Santos também escreveu sobre o mesmo assunto, numa crónica a que deu o título “A fraude do rating da S&P”, de que passo a transcrever uma parte:
“ … a Standart & Poors avisou quatro países da zona euro de que o seu rating estava sob vigilância e, menos de uma semana depois, a três deles (Grécia, Espanha e Portugal) baixou-lhes o rating para AA+ sem apelo nem agravo. O quarto, a Irlanda, cujas previsões de recessão (-5%), défice orçamental (-11%) e situação do sistema financeiro são bem piores do que em Espanha e em Portugal, continua a manter a classificação de AAA. Também o Reino Unido mantém o triplo A, confirmado a 13 de Janeiro, apesar de em termos relativos a economia inglesa se ter afundado muito mais e da banca estar falida e à beira de ter de ser nacionalizada.
Isto é injusto, incoerente, não tem qualquer justificação e afecta profundamente a vida dos cidadãos dos países a quem a S&P, como os imperadores romanos, decide que têm de pagar mais do que outros em situação pior.
Além do mais, a S&P falhou redondamente na crise do crédito imobiliário nos Estados Unidos, tendo de rever, no mesmo dia, a notação de mais de 90 (!) activos financeiros ligados aquela área de actividade. E falhou no rating da AIG, da Lehman Brothers, da Islândia. Falhou, falhou, falhou. E até agora não pediu desculpa, não se retratou, e está a dar ratings onde beneficia claramente os países anglo-saxónicos em detrimento dos países mediterrânicos...”
As opiniões deste bloguista não passam disso mesmo, de humildes opiniões. No entanto, a coincidência de pensamento sobre esta matéria, vinda de vários sectores, começa a ter um peso significativo. E concordo em absoluto com Nicolau Santos quando afirma que é tempo da Comissão Europeia avançar com a criação de uma agência europeia de rating que ponha cobro a quem, de forma clara e despudorada, tem beneficiado os países anglo-saxónicos.
Na edição do Expresso do passado sábado, Nicolau Santos também escreveu sobre o mesmo assunto, numa crónica a que deu o título “A fraude do rating da S&P”, de que passo a transcrever uma parte:
“ … a Standart & Poors avisou quatro países da zona euro de que o seu rating estava sob vigilância e, menos de uma semana depois, a três deles (Grécia, Espanha e Portugal) baixou-lhes o rating para AA+ sem apelo nem agravo. O quarto, a Irlanda, cujas previsões de recessão (-5%), défice orçamental (-11%) e situação do sistema financeiro são bem piores do que em Espanha e em Portugal, continua a manter a classificação de AAA. Também o Reino Unido mantém o triplo A, confirmado a 13 de Janeiro, apesar de em termos relativos a economia inglesa se ter afundado muito mais e da banca estar falida e à beira de ter de ser nacionalizada.
Isto é injusto, incoerente, não tem qualquer justificação e afecta profundamente a vida dos cidadãos dos países a quem a S&P, como os imperadores romanos, decide que têm de pagar mais do que outros em situação pior.
Além do mais, a S&P falhou redondamente na crise do crédito imobiliário nos Estados Unidos, tendo de rever, no mesmo dia, a notação de mais de 90 (!) activos financeiros ligados aquela área de actividade. E falhou no rating da AIG, da Lehman Brothers, da Islândia. Falhou, falhou, falhou. E até agora não pediu desculpa, não se retratou, e está a dar ratings onde beneficia claramente os países anglo-saxónicos em detrimento dos países mediterrânicos...”
As opiniões deste bloguista não passam disso mesmo, de humildes opiniões. No entanto, a coincidência de pensamento sobre esta matéria, vinda de vários sectores, começa a ter um peso significativo. E concordo em absoluto com Nicolau Santos quando afirma que é tempo da Comissão Europeia avançar com a criação de uma agência europeia de rating que ponha cobro a quem, de forma clara e despudorada, tem beneficiado os países anglo-saxónicos.
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