De uma forma geral, os portugueses não acreditam nos seus políticos. É verdade que o sentimento já vem de longe mas, quando se julga que já se chegou ao fundo, surgem novos factos que vêm alicerçar a ideia de que os políticos são todos iguais, não cumprem o que prometem e que não são sérios.
E, infelizmente, os exemplos são tantos que já nem as boas intenções de políticos novos são suficientes para limpar o labéu que outros criaram. São todos feitos da mesma massa e não há que confiar neles, é o pensamento dominante.
Daí o ficarmos embasbacados perante a atitude de uma figura ligada ao PS mas que se propõe concorrer à Câmara Municipal de Valongo como independente.
Maria José Azevedo resolveu ir ao notário registar o programa eleitoral que se propõe apresentar para que possa ser responsabilizada caso não venha a cumprir as suas promessas.
Correndo o risco de esta atitude não passar de uma bela jogada de marketing, acho que Maria José Azevedo merece, pelo menos, o benefício da dúvida. Quem sabe se a sua intenção é verdadeira e a única possível que possa devolver aos políticos a credibilização que lhes fugiu há muito?
Porém - temos que reconhecer – esta ideia de ir ao notário registar um programa eleitoral é, no mínimo, insólita.
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