E já que nestes últimos dias tenho falado em champanhes, e para que não me acusem, como o fizeram, que ainda estou “ébrio” de alegria com a vitória do Benfica, escolhi para fazer parte do título da crónica de hoje uma palavra sem álcool - água. Apenas por uma questão de temperança.
Na semana passada José Sócrates afirmou num liceu de Paris que "nunca quis ser primeiro-ministro" e que “recorda a vontade de ser deputado e, depois de estar no Governo, a apetência para executar políticas sobretudo na área ambiental".
Coerente, já em Março de 1998, o então ministro-adjunto, em entrevista à revista “Política Mesmo”, garantia que ser primeiro-ministro não estava no seu horizonte e era até pretensão de mais”. E secretário-geral do PS? “Nunca, nem nunca pensarei nisso” … “acho até que não tenho o talento, as qualidades, nem os méritos que um líder do PS deve ter”.
Como se sabe, Sócrates foi eleito secretário-geral do PS em Setembro de 2004 e eleito primeiro-ministro em 2005 e 2009.
É que esta história de intenções, promessas e juramentos políticos tem destas coisas. Já em 1996 Marcelo Rebelo de Sousa perante a possibilidade de vir a ser escolhido para dirigir o PSD tinha jurado a pés juntos “Não! Não e Não! Nem que Cristo desça à terra!”. Pois Cristo não desceu à terra e o Professor Marcelo foi mesmo eleito líder social-democrata.
Por estas e por outras é que o melhor é mesmo seguir o ditado antigo “Nunca digas desta água não beberei”.
Sem comentários:
Enviar um comentário