Há pessoas que têm alguma dificuldade em decidir. Quando chega a hora de resolver, bloqueiam e entram em parafuso. O “não sei … o que é que achas?”, ou coisas do género, são ouvidas frequentemente. Se bem que esse tipo de hesitações não trazem consequências de maior. Para além da ansiedade das próprias pessoas, a maioria das vezes fica-se pela pura perda de tempo ou de oportunidades que não voltam mais.
Mas há, de facto, indecisões cujos resultados são inacreditáveis. Como aquele caso de um cidadão britânico, Sam Hashimi, um bem sucedido homem de negócios, divorciado e com dois filhos que, em 1997, decidiu mudar de sexo. Gastou 116 mil euros nas operações necessárias (que resultaram em pleno) e “nasceu” a senhora Samantha Kane, designer de interiores.
Em 2004, apenas sete anos depois, a Samantha deu-lhe uma coisinha, achou que a mudança de sexo era capaz de não ter sido lá grande ideia e pensou com os seus botões que estava já farta das hormonas femininas e do desencanto de ter sexo com homens e decidiu que tinha que voltar a ser homem. Lá gastou mais 29 mil euros, recuperou o que tinha que recuperar e a Samantha tornou-se no senhor Charles.
Vejam o que pode acontecer a quem não sabe muito bem o que quer, alberga alguma confusão mental, é masoquista ou, pura e simplesmente é excêntrico e não sabe o que fazer ao dinheiro.
O porém, contudo, é que Sam/Samantha/Charles nunca mais deixará de exibir os traços da sua feminilidade, por muitas operações que venha a fazer. É o custo de tanta indecisão. Foi-se-lhe o dinheiro mas ficaram-lhe as marcas.
Como (quase) todas as histórias, esta também tem uma moral: É mais barato passar de mulher a homem do que fazer o sentido inverso.
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