Para além do Eça de Queirós que evoquei ontem, também Guerra Junqueiro (1850 a 1923), escritor, político e o poeta mais popular e mais panfletário da sua época criticava – em 1896 - a situação Política de Portugal no final do século dezanove.
E vejam como a sua opinião se poderia aplicar aos partidos que temos hoje, nomeadamente aqueles que têm alternado o poder desde há trinta anos. Dizia ele:
“Dois partidos sem ideias, sem planos, sem convicções, incapazes, vivendo ambos do mesmo utilitarismo céptico e pervertido, análogos nas palavras, idênticos nos actos, iguais um ao outro como duas metades do mesmo zero, e não se malgando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento, de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar."
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