segunda-feira, maio 30, 2011

Não me digam nada …

Ainda há tempos vos contava que a segunda-feira é o dia em que o meu mau humor mais se sente nas crónicas que aqui publico. Certamente que tem a ver com a ressaca do fim-de-semana ou com a derrota (sempre injusta) do meu clube do coração. Hoje, porém, o meu nervoso e a acidez de espírito estão devidamente identificados.


Ando irritado com o estado e com a falta de expectativas do meu país e pelo baixo nível que, na campanha eleitoral em curso, demonstram os principais líderes partidários, alguns deles que até têm a pretensão de chegar a primeiro-ministro.


Estou chateado porque o meu carro “pifou”, teve que ser rebocado e vou ter que desembolsar uma nota preta para o arranjar.


E, finalmente - e se calhar isto foi o que me fez perder completamente as estribeiras – porque soube que há 20 gestores das maiores empresas portuguesas que têm mil cargos de administração. Ou seja, em média, cada um deles tem 50 empregos mas sabe-se que pelo menos um deles tem 62 empregos e o que mais ganha aufere 2,5 milhões de euros. É obra! E não me venham com a história que estes super-trabalhadores que voam de empresa em empresa são um exemplo para todos nós. Não, não são. O que isto reflecte é a falta de vergonha a que chegámos e a necessidade de lhe pôr cobro rapidamente.



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