O facto da bandeira de Portugal ter sido hasteada de pernas para o ar pelo Presidente Cavaco Silva, na varanda do Município de Lisboa, no início das comemorações do 5 de Outubro, não teria uma importância por aí além (pese embora a bandeira nacional seja um símbolo da Pátria e com os símbolos há que ter todos os cuidados), não fosse o facto da situação miserável em que o país se encontra.
Se, noutros tempos, em termos militares, a bandeira virada ao contrário já significou território ocupado, a bandeira agora hasteada pode perfeitamente ser o sinal da “invasão económico/financeira do país" por aqueles que são os nossos credores.
Houve mesmo quem afirmasse "É o estado do país". E a analogia é capaz de fazer sentido. A bandeira ao contrário, pode "traduzir" o desespero e a falta de esperança de um povo que não consegue vislumbrar uma luzinha que seja ao fundo do túnel.
E num gracejo (mesmo nos piores momentos há sempre quem ainda consiga ter algum humor), houve quem dissesse que a tal falta de luz no final do túnel se deveu ao facto de já nem sequer haver dinheiro para pagar a electricidade. Cá para mim, no entanto, o episódio da bandeira não passou de uma vingançazinha de alguém por este 5 de Outubro ser a última vez que foi feriado no nosso país.
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