quinta-feira, novembro 22, 2012

A "epidemia"


Já não são só os países do sul (aqueles que têm fama de ter cidadãos mandriões) que são afectados pelas "sábias" opiniões das agências de notação financeira internacionais. Mas a falta de sustentabilidade da dívidas de outros países até agora imunes, não é a única razão que leva essas empresas, de credibilidade muito duvidosa, a baixarem sucessivamente os seus "ratings" até que entrem num estado algo parecido com o que se está a passar com os países já intervencionados. O problema principal é político. Neste momento, os mercados (mais uma vez os famigerados mercados) consideram que a moeda única foi um embuste e que a maioria dos países do euro não tem capacidade para, isoladamente, pagar as dívidas que contraiu.

Depois da reportagem da "The Economist" (cujo capa acima se mostra), veio lesta a Moody's iniciar o processo da descida do rating da França. Pois é, chegou a vez da França sair do cada vez mais selecto grupo de países com a nota máxima AAA. A partir de agora a França desceu para Aa1 de ‘rating’ e a Moody's anunciou que as perspectivas se mantêm negativas, o que abre a porta a novos cortes.

Cresce, pois, a convicção de que o euro tem os dias contados, pelo menos na sua forma actual. E quando uma epidemia surge, é difícil fazer-lhe frente.


 

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