Alguns Amigos, ao lerem a crónica de ontem, ficaram preocupados com o meu "estado de alma". É certo que o momento não está para optimismos mas reconheço que, às vezes, deveria aliviar os meus níveis de ansiedade, esquecer um pouco os problemas reais que nos afligem e valorizar aquilo que nos dá alguma satisfação. Afinal, seria preferível sorrir perante as aparentes (ou efectivas) contrariedades da vida.
Na verdade, de que me serve estar sempre a pensar que o empobrecimento do país e dos portugueses parece ser uma inevitabilidade, que os actuais (e muitos dos anteriores) políticos são fraquinhos e não têm (ou não tiveram) visão estratégica para o país, que Portugal já faliu seis vezes desde 1800 até hoje ou que a Segurança Social terá perdido mais de 1,5 mil milhões de euros na bolsa (todos sabem que não há investimento mais seguro do que a bolsa) e que terá dinheiro para pagar apenas oito meses e meio de reformas? Para quê preocupar-me com o facto da dívida portuguesa (a "famosa dívida") estar sem travão ou por que ninguém, nestes anos todos, aprendeu com os erros cometidos?
Por isso, para relaxar, decidi hoje - pelo menos hoje - virar-me para uma notícia que me dá mais gozo, embora não ganhemos absolutamente nada com isso. A capital portuguesa surge em quinto lugar num ranking do jornal norte-americano USA Today que elege as melhores cidade do mundo para se tomar um café.
A lista é liderada por Viena, seguindo-se Seattle, Havana, Melbourne, Lisboa, Portland, Oslo, São Paulo, Vancouver e Taipei.
Que mais me poderia agradar (hoje)? Adoro beber café e ao bebê-lo sinto-me claramente mais desinibido.
Sai uma "bica"!
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