"Os portugueses estão a desaparecer. O envelhecimento da população portuguesa é uma evidência incontornável.
Portugal é o país da União Europeia que mais sofre com esta tragédia social. Segundo estimativa do INE, em 2050 cerca de 80% da população do país apresentar-se-á envelhecida e dependente e a idade média pode situar-se perto dos 50 anos. A nossa pátria foi contaminada com a já conhecida peste grisalha..."
Foi "brilhante" a forma engendrada pelo advogado e deputado do PSD, Carlos Peixoto, para dissertar, na Assembleia da República, sobre o problema real e preocupante do envelhecimento da população portuguesa. Depois de debitar os números que todos conhecem, terminou o seu discurso fazendo alusão à "praga" (que aumenta todos os anos) dos velhos, cujas pensões representam uma boa percentagem dos custos do Estado.
E o modo como a coisa foi dita - fria e insensível - foi mais uma demonstração da "qualidade" da classe política que temos. Neste caso, a dos nossos representantes na Assembleia da República. A "peste parlamentar", para usar a lógica deste deputado é um rapazola (como alguém já lhe chamou) que é reincidente em declarações deste tipo.
Mas cuidado, senhor deputado, a menos que morra cedo (o que não lhe desejo), não tardará o dia em que terá que engolir as palavras que proferiu porque, também o senhor, fará parte desse imparável "infortúnio", a peste grisalha como agora lhe chamou. A não ser que pinte o cabelo para disfarçar.
Sem comentários:
Enviar um comentário