“Sou de um tempo onde não se ia à praia – ia-se para a praia”. Assim começava uma crónica de Manuel Serrão publicada há pouco numa revista em que ele revisitava as suas memórias de infância e onde lembrava que a praia desses tempos “não era uma questão de moda mas uma terapia”.
Tenho mais uns anitos que o Manel e, por isso, e por privilégio, também vivi toda a felicidade dos meses de verão passados na praia com a família, onde o pai só estava presente no mês de Agosto e aos fins de semana e onde, entre o jogo do prego e os mergulhos (dois ou três por dia, obrigatórios, por que faziam bem à saúde) do Sr. António(o velho banheiro), se faziam boas amizades que, na maioria dos casos se perderam pelos anos.
Quando se tem já idade suficiente para isso, é curioso fazerem-se comparações entre os hábitos de uma determinada época e os que estavam em uso umas décadas antes.
Há dias, jantava com a família num restaurante. Eram quase onze horas e as pessoas continuavam a chegar para o repasto. Um dos presentes na mesa, oitenta e dois anos muito presos aos costumes e tradições de toda a sua vida, não parava de se espantar com a hora tão tardia a que muitos iam iniciar a refeição da noite.
Embora ainda longe dos oitentas, recordo-me bem que na casa dos meus pais almoçava-se à uma e jantava-se às oito horas em ponto e com toda a família sentada à mesa. O rigor das horas das refeições era sagrado. Ditado pela “moda” da época e pelo autoritarismo sem oposição do chefe da família.
Tenho mais uns anitos que o Manel e, por isso, e por privilégio, também vivi toda a felicidade dos meses de verão passados na praia com a família, onde o pai só estava presente no mês de Agosto e aos fins de semana e onde, entre o jogo do prego e os mergulhos (dois ou três por dia, obrigatórios, por que faziam bem à saúde) do Sr. António(o velho banheiro), se faziam boas amizades que, na maioria dos casos se perderam pelos anos.
Quando se tem já idade suficiente para isso, é curioso fazerem-se comparações entre os hábitos de uma determinada época e os que estavam em uso umas décadas antes.
Há dias, jantava com a família num restaurante. Eram quase onze horas e as pessoas continuavam a chegar para o repasto. Um dos presentes na mesa, oitenta e dois anos muito presos aos costumes e tradições de toda a sua vida, não parava de se espantar com a hora tão tardia a que muitos iam iniciar a refeição da noite.
Embora ainda longe dos oitentas, recordo-me bem que na casa dos meus pais almoçava-se à uma e jantava-se às oito horas em ponto e com toda a família sentada à mesa. O rigor das horas das refeições era sagrado. Ditado pela “moda” da época e pelo autoritarismo sem oposição do chefe da família.
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