Confesso que ainda acalentei a esperança, ainda que ténue, de que mais pessoas fossem votar ontem. Não me perguntem porquê. O mais certo é ter sido por pura ingenuidade mas admito que cheguei a pensar que os apelos do Presidente da República e dos principais líderes partidários pudessem “comover” os eleitores de que esta eleição tinha uma importância fulcral para as nossas vidinhas cá do burgo, porque a verdade é que é lá longe que quase tudo se decide.
Mas não, a rapaziada acordou tarde, um bocado molenga, comeu uma feijoadazita acompanhada com um tinto a condizer e, depois, não esteve para se deslocar até à assembleia de voto para depositar a papeleta na urna. Apre! Ainda por cima numa caixa cujo nome não augura nada de bom.
E ainda houve os outros que meteram uns dias de férias para irem a banhos ao Allgarve ou para viajarem até à santa terrinha.
E vai daí, só 36,5 % dos eleitores inscritos foram votar. Quer dizer, mais de 60% baldaram-se à sua obrigação, ao seu dever cívico e deixaram aos outros a tarefa de decidirem quem é que queriam ver em Bruxelas. E depois queixem-se que os que lá estão (independentemente da cor partidária), não zelam pelos seus interesses.
Antes fizessem como eu, que fui votar. Exprimissem a sua vontade, manifestassem o seu querer, ainda que ele se pudesse traduzir num voto branco ou nulo. Mas abster-se, francamente.
Nestas eleições, uns ganharam e outros perderam (contrariando o que sempre acontece, que ganham todos) mas quem de facto perdeu foi o regime democrático que, com 35 anos, já merecia um outro tipo de comportamento dos cidadãos.
Dirão que nos outros países da União Europeia aconteceu o mesmo. É verdade mas, ainda assim, conseguimos ter uma maior abstenção que a média comunitária que se cifrou em 43,4% contra os nossos 63,5%.
Mesmo não gostando dos políticos (ou não confiando neles), ou por causa disso mesmo, o voto é a melhor forma de expressarmos a nossa vontade. Se não o fizermos, mais tarde queixar-nos-emos de quê?
Mas não, a rapaziada acordou tarde, um bocado molenga, comeu uma feijoadazita acompanhada com um tinto a condizer e, depois, não esteve para se deslocar até à assembleia de voto para depositar a papeleta na urna. Apre! Ainda por cima numa caixa cujo nome não augura nada de bom.
E ainda houve os outros que meteram uns dias de férias para irem a banhos ao Allgarve ou para viajarem até à santa terrinha.
E vai daí, só 36,5 % dos eleitores inscritos foram votar. Quer dizer, mais de 60% baldaram-se à sua obrigação, ao seu dever cívico e deixaram aos outros a tarefa de decidirem quem é que queriam ver em Bruxelas. E depois queixem-se que os que lá estão (independentemente da cor partidária), não zelam pelos seus interesses.
Antes fizessem como eu, que fui votar. Exprimissem a sua vontade, manifestassem o seu querer, ainda que ele se pudesse traduzir num voto branco ou nulo. Mas abster-se, francamente.
Nestas eleições, uns ganharam e outros perderam (contrariando o que sempre acontece, que ganham todos) mas quem de facto perdeu foi o regime democrático que, com 35 anos, já merecia um outro tipo de comportamento dos cidadãos.
Dirão que nos outros países da União Europeia aconteceu o mesmo. É verdade mas, ainda assim, conseguimos ter uma maior abstenção que a média comunitária que se cifrou em 43,4% contra os nossos 63,5%.
Mesmo não gostando dos políticos (ou não confiando neles), ou por causa disso mesmo, o voto é a melhor forma de expressarmos a nossa vontade. Se não o fizermos, mais tarde queixar-nos-emos de quê?
2 comentários:
Completamente de acordo! Não abdico do meu direito de voto e causa-me muita tristeza que haja tanta gente a fazê-lo. Ainda para mais com desculpas que acho no minimo ridiculas, como: não me apeteceu sair de casa, táva a chover, táva sol, não me deu jeito ou os politicos são todos iguais! Para todas essas pessoas: não se queixem! Quem não vota perde o direito de contestar, exigir, reclamar. É o exemplo mais claro de quem apenas critica mas não faz absolutamente nada para mudar, para tentar melhorar, mesmo que que seja só ir colocar uma cruzinha num papel!
Permite-me a provocação
Se calhar tamanha abstenção pode-se atribuir ao facto dos portugueses simpatizaram tanto com o Obama. Dai terem adoptado o lema do presidente americano, mas na versão portuguesa:
"YES, WEEKEND … LONNNNGGGGG WEEKEND!
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