A primeira história é a de um senhor que era contabilista numa empresa e, quando se reformou, decidiu que queria ser voluntário numa instituição. E para fazer o quê? Responderão que queria dar continuidade à sua experiência de contabilista, certo? Não, errado, o senhor, já com uma idade respeitável e com as articulações a pregarem-lhe partidas, não queria o aconchego de uma cadeira no escritório a fazer uma coisa que ele bem sabia. O que ele almejava mesmo era ser varredor do pátio. E, apesar das insistências dos responsáveis da instituição para o demover da ideia, prevaleceu a sua vontade. É varredor.
Bem diferente é a outra história, a do inglês Michael Carroll. Em 2002 ganhou 11 milhões de euros na lotaria. Oito anos depois, gasto todo o dinheiro, encontra-se em dificuldades para sobreviver e quer que lhe dêem de volta o seu lugar de varredor. E diz, agora, que aquele foi o melhor emprego que teve na vida. Pena foi que não tivesse consciência disso quando ganhou a fortuna.
Enfim, estas são duas histórias de “varredores”. Distintas uma da outra mas, ambas, dão que pensar.
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