Vários Amigos têm querido saber porque é que aqui no “Por Linhas Tortas” não se escreve mais sobre futebol, ainda por cima agora que a nossa selecção está a disputar o Mundial de Futebol. E a resposta é simples. Não acham que já chegam os milhentos comentadores, analistas e especialistas que preenchem tempos sem fim nos longuíssimos espaços que as televisões e a restante comunicação social dedicam ao assunto?
Já sabemos de cor tudo o que pensam os treinadores e jogadores da selecção, sabemos também as opiniões dos que pertenceram a selecções anteriores ou mesmo aqueles que nunca tiveram a habilidade ou oportunidade de serem convocados. Já se escreveu tudo sobre as estratégias e tácticas adoptadas pela nossa selecção e pelas restantes. Para quê estar-vos a incomodar mais sobre aquilo que penso sobre esta importantíssima (e fundamental) matéria?
De qualquer forma, quero esclarecer que gosto muito de futebol e que é natural que, acabada a nossa participação na África do Sul, possa vir a tecer um comentário que, antevejo, seja extraordinariamente inteligente.
Hoje, porém, ainda que tenhamos goleado a Coreia do Norte, não vou falar de futebol propriamente dito mas de um outro aspecto que também está relacionado com o futebol.
Refiro-me, em concreto, aos “vendedores de cromos” de jogadores de futebol que já existiam quando eu era criança. Lembro-me de ter feito colecções (embora algumas não conseguisse conclui-las), muitas delas bem interessantes e didácticas (recordo, por exemplo, as “Raças Humanas”) mas, claro, que também dos bonecos da bola.
Os cromos repetidos (alguns desesperadamente repetidos e outros muito difíceis de encontrar) eram ansiosamente trocados entre os amigos e procurados justamente nesses vendedores que ainda hoje se encontram junto à estação do Rossio e noutros pontos da cidade.
Num destes dias, já se jogava o Mundial na África do Sul, passei por lá e vi uma pequena multidão atarefada a comprar/trocar os “bonecos da bola” munidos, evidentemente, com as indispensáveis listas dos que faltavam às colecções.
A fotografia que aqui se publica mostra o “Manel dos Cromos”, um dos mais conhecidos do ramo, que se dedica ao negócio desde 1974. Uma das pessoas que, ao longo dos anos, têm tornado possível o sonho de milhares de jovens e de adultos.
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