Duas notas prévias:
1 – Só por uma questão de agenda não publiquei antes esta crónica;
2 – Para que conste, não conheço pessoalmente o senhor sobre quem hoje escrevo nem sou militante ou simpatizante do partido a que ele pertence.
Dito isto, devo confessar que fiquei deveras surpreendido – em sentido positivo, note-se – com o gesto do eurodeputado do Bloco de Esquerda, Rui Tavares.
Pois este senhor, que ganha cerca de 7 500 euros, decidiu retirar 1 500 euros do seu salário mensal para atribuir bolsas a quem se candidate, bastando para isso a apresentação de um projecto numa qualquer área não definida de antemão.
E a decisão sobre o vencedor, vai ser do próprio Rui Tavares. Ele vai doar o dinheiro a quem achar merecedor, desde que, o candidato não seja funcionário do Parlamento Europeu, da Assembleia da República ou do seu próprio partido. E, embora não visse essa indicação explícita, suponho que o prémio também não será atribuído a quem seja seu familiar.
Um gesto exemplar e de grande significado que tenho o prazer de dar, aqui, o devido destaque.
1 comentário:
Eu, se ganhasse 7 500 euros por mês, sem ajudas de custo e despesas de transporte talvez fizesse o mesmo.
Agora a sério. Tal como o autor, também fiquei impressionado com atitude tão generosa, pelo montante em causa, mas pelo facto de vir de quem vem. Sabendo que os deputados entregam uma "dizima" aos partidos, será que no final do mês este deputado tem dinheiro para as "bicas" nos aeroportos?
Agora à atenção do beneficiário de tal bolsa, será melhor fazer um seguro, não vá o senhor ser "despedido" do parlamento europeu e depois são dois no "desemprego".
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