A crónica de ontem suscitou alguma polémica entre muitas Amigas minhas que são mães de lindas princesinhas. Não creio, porém, que haja motivo para tanto. Escrevi apenas aquilo que sinto, ou seja, que esse tratamento mais não é que uma moda. E, acreditem, não estava a pensar em alguém em especial quando me referi às princesinhas e às suas reais mãezinhas. Ficamos, portanto, assim, a questão “das princesinhas” é, para mim, tão-somente, uma questão de moda, uma das tantas que sempre aparecem em cada geração. Mais nada.
Porém, não posso deixar de pensar nos perigos que, em minha opinião, podem surgir provocados por esse tratamento. A sua utilização continuada em detrimento de um nome próprio pode trazer às crianças uma espécie de trauma (chamemos-lhe assim), embora lhe reconheçamos toda a ternura que contém. Num nome há uma identidade própria, uma personalidade, sinais distintivos que qualquer outro tratamento – ainda que afectuoso e da moda - não possui.
Uma Amiga minha (eu sei que me estás a ler) confidenciou-me, certa vez, que muito raramente ouviu o seu pai tratá-la pelo nome. Ou era a “miúda”, ou a “pequena” ou a “minha filha”. E isto, como compreenderão, deixou-lhe pelo menos recordações (continuo a não querer chamar-lhe trauma) que permaneceram até hoje.
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