Quero crer que entre a questão suscitada em tempos pela Dra. Manuela Ferreira Leite – “não seria bom haver seis meses sem democracia?” – e a perda efectiva da democracia nada há em comum. Porém, a simples admissão da possibilidade de tal acontecer, assusta-me.
E se calhar tenho alguma razão para ficar apreensivo. É que, de acordo com a edição 2011 do Índice de Democracia da revista do “The Economist” – Portugal deixou de ser uma democracia plena. O nosso país baixou para o 27º lugar, numa lista liderada pela Noruega, seguida da Islândia, Dinamarca e Suécia e imediatamente atrás de Cabo Verde, a mais perfeita das Democracias com Falhas.
Seria bom reflectirmos seriamente sobre o assunto. É que as democracias e as suas regras têm que ser continuamente melhoradas e sustentadas para que não tenham que vir a ser suspensas e, muito menos, substituídas por outros regimes muitíssimo menos favoráveis ao povo. E nós temos memória de uma realidade ainda recente e do que isso representa.
1 comentário:
Pois, pois. Mas esse índice tem a China à frente da Eslováquia, Brasil e Bulgária, por exemplo.
Os critérios e a forma de medir a democracia usados não me parecem muito convincentes.
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