quinta-feira, junho 21, 2012

Até que enfim que alguém percebeu que é necessário reduzir os salários (!!!)


Chamada de atenção: a taxa de desemprego na Grécia anda na casa dos 22% e não 8% como indica o quadro.

Para início de conversa peço-vos que atentem no quadro acima onde se pode observar os níveis de salário mínimo e taxa de desemprego em alguns países europeus (dados do Eurostat relativos ao 1º. trimestre de 2012).

E então, o que é que acham? Espero que não me respondam que, afinal, há países que ainda estão em pior situação do que o nosso … Quero mais.

É verdade que estamos ali pelo meio da tabela mas o nosso salário mínimo (recorde-se que 11% da população ganha o salário mínimo) está bastante abaixo dos países que nos antecedem e, nomeadamente, dos que se posicionam nos primeiros seis lugares onde também se encontra a Irlanda que é um dos países intervencionados. Aliás, até a própria Grécia, que está metida em piores lençóis do que qualquer outro país, está acima de nós. Estamos, portanto, mal. Exactamente como acontece com a nossa taxa de desemprego que é a terceira pior da tabela dos 19 países em análise.

Perante este posicionamento, e não desejando que a nossa economia consiga sair do estado em que se encontra suportada em baixos salários - qual China - como encarar as vozes que defendem que os salários devem ser reduzidos em Portugal? Baixar ainda mais? É claro que estou a pensar em António Borges, conselheiro deste Governo e, também ele, um “quase ministro” que parece ter ganho no ano passado qualquer coisa como 225 mil euros livres de impostos. O mesmo Borges que afirmou há dias que “a diminuição de salários não é uma política, é uma urgência …”

Vergonhoso! O mínimo que se exige é que haja um pouco mais de respeito por quem vive com tão pouco e a quem asfixiam cada vez mais, em prol de uma melhoria - para os cidadãos e para o país - que tarda a chegar.



1 comentário:

Vexata disse...

Pois é, esta é para o borges: Pimenta no cu do outro, é refresco para mim!