Há dias Pedro Passos Coelho lembrou-se de tecer os mais rasgados agradecimentos à paciência dos portugueses tão fustigados pela austeridade. Foi simpático (?!) da parte dele mas os portugueses já não têm pachorra para continuar a ouvir o PM e os seus Ministros. O que os cidadãos querem mesmo são políticas que incentivem o bem-estar e o emprego, a continuidade do serviço nacional de saúde e uma educação capaz. Por outras palavras, dispensamos os agradecimentos, queremos é acções concretas. A paciência tem limites e, um ano depois deste Governo ter tomado posse, a resposta da generalidade dos portugueses à pergunta se estamos melhores agora do que nessa altura é um rotundo NÃO.
Miguel Torga escreveu “É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o romantismo cívico da agressão. Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados”.
Miguel Torga escreveu “É um fenómeno curioso: o país ergue-se indignado, moureja o dia inteiro indignado, come, bebe e diverte-se indignado, mas não passa disto. Falta-lhe o romantismo cívico da agressão. Somos, socialmente, uma colectividade pacífica de revoltados”.
Pacíficos até quando?
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