Portugal perdeu a meia-final do campeonato europeu de futebol. Lamento o desaire (até por que jogámos bem e portámo-nos lindamente em toda a competição) mas isso não nos impede de brindar. Pelo contrário, como se costuma dizer, deve-se beber quando se festeja qualquer coisa e deve-se beber também quando se está deprimido ou se tem alguma contrariedade, como foi o caso.
Hoje, porém, vamos substituir a bebida pelos doces. O efeito psicológico é idêntico e, a sua ingestão, não nos inibe de conduzir, se o quisermos fazer. E, no que à doçaria diz respeito, não serão certamente as alterações ao novo acordo ortográfico que me farão mudar de hábitos. Pois se até nem na escrita vou mudar …
Pois voltando aos doces, o facto de o AO determinar o fim dos hífenes ele não me obriga a deixar de gostar – e de comer – do toucinho-do-céu (ou do toucinho do céu), do mil-folhas (ou do mil folhas) ou – e deste não prescindo mesmo, até por que é menos doce - do pão-de-ló (ou pão de ló, na sua versão de além-Atlântico). Seja o pão-de-ló de Margaride, de Alfeizerão, de Ovar, de Arouca ou de outra qualquer localidade. E confeccionados pelo método tradicional ou nas modernas bimby.
Desde que levem ovos, farinha de trigo e açúcar, com hífenes ou sem eles, cá estou para acarinhá-los. Quero dizer, para comê-los. Ah, e viva Portugal.
1 comentário:
" o facto de o AO determinar o fim dos hífenes "
Isso é tudo menos um facto.
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