Hoje lembrei-me da pergunta clássica “tenho duas notícias, uma boa e uma má, qual queres saber primeiro?”.
Já que posso escolher, começo pela que me dá uma raiva dos diabos. A que tem a ver com a descarada discrepância que se verifica entre o que a quase extinta classe média entrega ao Estado, qualquer coisa como 70% dos seus rendimentos (entre impostos directos e indirectos) e aquilo que é despendido por quem vive do rendimentos do capital que coloca ilegalmente no exterior e que paga uma reduzida taxa de 7,5% para o legalizar, podendo continuar a mantê-lo lá fora com todo o descanso. Acho isto uma obscenidade, apesar do Estado, com este expediente, ter conseguido recolher cerca de 258 milhões de euros .
Por contraponto, o que me transmite alguma esperança nos homens e no futuro foi a o facto de, perante a notícia de que a Fundação “O Século” (que desde 1927 organiza colónias de férias para crianças carenciadas) deixar de poder continuar a desenvolver este trabalho meritório já a partir deste ano devido a dificuldades financeiras, ter havido um empresário da indústria farmacêutica – Paulo Paiva dos Santos – que em 35 segundos decidiu doar 100 mil euros para que a Fundação "O Século" possa, em 2013, voltar a acolher os miúdos. Um belo exemplo de solidariedade.
1 comentário:
Será que o mesmo empresário pagou os Torneio de golfe da malta da Assembleia da República ou foste mesmo tu?
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