O mundo vai de mal a pior, a Europa está como se sabe e de Portugal já nem se fala ... apesar de tudo, por cá, vai-se andando, aos tombos com deficits acima do permitido, com uma dívida pública que não pára de aumentar e com um desemprego que eles dizem ter caído mas que continua a afectar muitos milhares de cidadãos. E aguentaremos isto por muito mais tempo? "Ai aguentam, aguentam", como disse "sabiamente" o banqueiro Ulrich.
E talvez aguentemos mesmo, afinal tem sido essa a nossa sina desde sempre. Mas o que não aguentaremos, não sobreviveremos certamente, é ao anunciado alerta, agora conhecido, de que o cacau (com que se faz o chocolate) está a esgotar-se. É que desde há dois anos que o mundo consome muito mais cacau do que aquele que é produzido e os agricultores não conseguem dar vazão à procura. O chocolate está realmente a acabar.
Ainda por cima os chineses começaram a gostar deste delicioso hábito (e eles são taaaantos) e a preferência pelo chocolate negro, que contém uma percentagem mais elevada de cacau, deram uma ajudinha para que se verificasse o aumento desenfreado do consumo.
Hoje vi pelas ruas muitas pessoas cabisbaixas. No café e no ginásio não se falava de outra coisa que não fosse a calamidade que se perspectiva. "O drama, a tragédia, o horror", como diria Artur Albarran. O mundo está a desabar - não (mas também) pelos motivos de sempre - pela possibilidade (quase certa) de não podermos, em breve, comer chocolate. E não há comissões de inquérito que nos distraiam desta preocupação. Não é só a nossa saúde que poderá vir a ser afectada (prejuízos ao nível do fluxo arterial e da saúde cerebral, entre outros). É que corremos o risco de dizer definitivamente adeus ao bem-estar que uns quadradinhos de chocolate ou uma mousse conseguem transmitir. Sem chocolate - seguramente - não aguentaremos mesmo ...
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