Considerei que os comentários efectuados pelos nossos companheiros ao último texto aqui publicado, justificavam que eu dissesse mais alguma coisa.
Obviamente que “Porcos no Espaço” tem toda a razão no seu desabafo. No entanto, chamo a vossa atenção de que tudo se resume a uma questão de interpretação. Afinal, em bom português “O Dever acima de tudo” quer dizer o exactamente o quê?
Se entendermos o dever como o cumprimento da honra, então, louvem-se os cidadãos honrados, honestos e cumpridores, para quem as leis do Estado são mesmo para se cumprir e as leis da honra, dos valores e da ética são paradigmas de vida que só engrandecem quem os pratica.
Mas se, por outro lado, considerarmos que o dever, é, tão-somente, aquele dever de dever dinheiro ao Estado, ou aos vizinhos, ou ao Banco ou a todos aqueles anjinhos que nós conseguimos que caíssem na nossa lábia, porque, como diz a “Paula”, a malta tem que fazer p’la vida, então estamos a falar de um outro dever.
E, como alguém dizia, uma coisa é uma coisa e uma outra coisa é uma outra coisa.
Claro está que dever 50 euros é, de facto, uma dívida e, por isso, quem prevarica (quem deve) tem que ser punido ou com as tais penhoras ou mesmo com o ir parar com os costados numa prisão, que é para isso que elas se fizeram.
Agora, quem tem contas bastante mais crescidas para regularizar (como parece ser o caso do António Carrapatoso), isso, à partida, deixa de ser uma dívida para passar a ser um problema meramente financeiro, cuja resolução tem que ser encontrada ou ao abrigo de um qualquer “Plano Mateus” ou, como está em agora muito em voga, viabilizada por técnicos de áreas altamente especializadas de “finance” ou de engineering”.
Por isso é que, quando se evoca a expressão latina “Dura Lex Sed Lex” e as pessoas têm a tendência para a traduzir simplesmente por “a lei é dura, mas é a lei”, ou por outras palavras, a lei é igual para todos, qualquer um de nós vê de imediato que essas pessoas ou são muito ingénuas ou, simplesmente, não são de cá ou não conhecem o nosso sistema de justiça.
Obviamente que “Porcos no Espaço” tem toda a razão no seu desabafo. No entanto, chamo a vossa atenção de que tudo se resume a uma questão de interpretação. Afinal, em bom português “O Dever acima de tudo” quer dizer o exactamente o quê?
Se entendermos o dever como o cumprimento da honra, então, louvem-se os cidadãos honrados, honestos e cumpridores, para quem as leis do Estado são mesmo para se cumprir e as leis da honra, dos valores e da ética são paradigmas de vida que só engrandecem quem os pratica.
Mas se, por outro lado, considerarmos que o dever, é, tão-somente, aquele dever de dever dinheiro ao Estado, ou aos vizinhos, ou ao Banco ou a todos aqueles anjinhos que nós conseguimos que caíssem na nossa lábia, porque, como diz a “Paula”, a malta tem que fazer p’la vida, então estamos a falar de um outro dever.
E, como alguém dizia, uma coisa é uma coisa e uma outra coisa é uma outra coisa.
Claro está que dever 50 euros é, de facto, uma dívida e, por isso, quem prevarica (quem deve) tem que ser punido ou com as tais penhoras ou mesmo com o ir parar com os costados numa prisão, que é para isso que elas se fizeram.
Agora, quem tem contas bastante mais crescidas para regularizar (como parece ser o caso do António Carrapatoso), isso, à partida, deixa de ser uma dívida para passar a ser um problema meramente financeiro, cuja resolução tem que ser encontrada ou ao abrigo de um qualquer “Plano Mateus” ou, como está em agora muito em voga, viabilizada por técnicos de áreas altamente especializadas de “finance” ou de engineering”.
Por isso é que, quando se evoca a expressão latina “Dura Lex Sed Lex” e as pessoas têm a tendência para a traduzir simplesmente por “a lei é dura, mas é a lei”, ou por outras palavras, a lei é igual para todos, qualquer um de nós vê de imediato que essas pessoas ou são muito ingénuas ou, simplesmente, não são de cá ou não conhecem o nosso sistema de justiça.
1 comentário:
Ou não falam latim.
Enviar um comentário