“O meu capitão dá licença?
O que é?
Fiz um prisioneiro
E onde é que ele está?
Não quis vir…
Na guerra há prisioneiros teimosos, a gente puxa, puxa e eles não vêm. Feitios, não é?”
Alguns recordarão este trecho da deliciosa “História da ida à guerra de 1908”, contada há muitos anos pelo actor Raul Solnado. Na época foi uma novidade e, de certo modo, ele e as suas histórias, foram os percursores em Portugal do “non sence” e das, agora em voga, representações de “stand up”.
Pois bem, e voltando à historia que vos quero contar, reconhecendo que há feitios mais difíceis, mais teimosos, mais tortos, se quiserem, o vereador do trânsito da autarquia da minha cidade, para que não restassem quaisquer dúvidas sobre a direcção que os automobilistas deveriam seguir em determinada artéria, não teve com mais quês e vá de colocar, num mesmo poste, dois sinais de trânsito.
Por um lado, uma seta a indicar a obrigatoriedade de ter que se voltar à direita. Por outro, um sinal que proíbe que se volte à esquerda.
Sinais contraditórios ou sinais complementares? Pelo menos, desta forma, seguramente todos devem ter virado para o mesmo lado.
O que é?
Fiz um prisioneiro
E onde é que ele está?
Não quis vir…
Na guerra há prisioneiros teimosos, a gente puxa, puxa e eles não vêm. Feitios, não é?”
Alguns recordarão este trecho da deliciosa “História da ida à guerra de 1908”, contada há muitos anos pelo actor Raul Solnado. Na época foi uma novidade e, de certo modo, ele e as suas histórias, foram os percursores em Portugal do “non sence” e das, agora em voga, representações de “stand up”.
Pois bem, e voltando à historia que vos quero contar, reconhecendo que há feitios mais difíceis, mais teimosos, mais tortos, se quiserem, o vereador do trânsito da autarquia da minha cidade, para que não restassem quaisquer dúvidas sobre a direcção que os automobilistas deveriam seguir em determinada artéria, não teve com mais quês e vá de colocar, num mesmo poste, dois sinais de trânsito.
Por um lado, uma seta a indicar a obrigatoriedade de ter que se voltar à direita. Por outro, um sinal que proíbe que se volte à esquerda.
Sinais contraditórios ou sinais complementares? Pelo menos, desta forma, seguramente todos devem ter virado para o mesmo lado.
6 comentários:
Será que quem virar à direita é multado 2 vezes???
Fora deste assunto: Sr. demascarenhas, estou a ficar um pouco preocupada. "Finance", "Engineering" (2 posts abaixo), "nonsense", "stand up"???? o que se passa?
Acho que ainda pode haver espaço para dúvidas. Eu, pelo sim pelo não, punha lá um sinal que proíbisse virar para cima.
E se calhar mais outro a explicar cuidadosamente toda a situação. Nestas coisas é melhor previnir.
"Prevenir", não "previnir". É que se não emendasse isto, não teria muito à vontade para apontar o "non sence". Isso é o quê? Francês?
É que em inglês escreve-se "nonsense".
Afinal tens razão para não gostar de estrangeirismos.
Pronto, confesso a minha falha e aceito que estou a perder faculdades. Mas admito igualmente (embora a contra gosto), que é uma forma de dizer aos outros que eu continuo a estar por dentro destas matérias. Não é razão para ficar preocupada. O facto de eu ler muito e cada vez mais se usarem estrangeirismos – escritos e ditos - provavelmente contagiam-me de quando em vez. Terei que redobrar os cuidados.
Quanto à provocação feita pelo “porcos no espaço” ele sabe muitíssimo bem que eu domino inteiramente quer o francês quer o inglês. O que se passa é que o meu teclado é um pouco trapalhão nesta última língua e acabou por dar um espaço onde não devia e, como tenho um computador (pouco) inteligente deve ter achado que se na palavra já lá tinha um s, para quê repetir a letra? E daí pespegou-lhe um c no final. Coisas que acontecem às inteligências artificiais.
Apoio inteiramente a ideia do “porcos no espaço”. Realmente devia existir junto aos outros dois sinais um outro que proibisse de virar para cima. E, já agora, um que proibisse, também, de virar para baixo, não vão eles ter a ideia de fazer ali algum túnel. Se isto se passasse nos Estados Unidos eles teriam previsto todas essas situações. De certeza!
E temos tanto a aprender com os americanos...
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